Publicidade
Publicidade
10/04/2001
-
08h37
ROGERIO WASSERMANN
da Folha de S.Paulo, em Lima
Com a definição da disputa do segundo turno da eleição presidencial entre o economista Alejandro Toledo e o ex-presidente Alan García (1985-1990), os dois iniciaram ontem a busca por apoios na disputa.
O principal alvo das gestões dos dois é Lourdes Flores, 41, que ficou em terceiro lugar, pouco atrás de García. A ex-deputada, que passou boa parte da campanha como forte candidata ao segundo turno, acabou surpreendida por García na reta final. Ela já admitiu sua derrota.
Segundo os dados da Onpe (órgão eleitoral oficial), após a apuração de 82,47% dos votos o candidato do Peru Possível, o populista Toledo, mantém a liderança com 36,5% dos votos, seguido por García, do Partido Aprista, com 26%, e da candidata de direita Lourdes Flores, da Unidade Nacional, com 23,85%.
O segundo turno deve ser realizado 30 dias após o fim da apuração e da validação dos resultados pelo JNE (a Justiça eleitoral), o que deve acontecer até o início da próxima semana.
Segundo as últimas pesquisas de intenção de voto, que haviam sido publicadas no domingo anterior à eleição, 49% do eleitorado votaria em Toledo num segundo turno contra García, que teria 29% das preferências.
Toledo e García
A busca por alianças começou ainda na noite de anteontem, quando Toledo saiu do Hotel Sheraton, no centro de Lima, onde havia montado um quartel-general para acompanhar as apurações, para visitar e cumprimentar seus dois principais adversários na disputa de anteontem.
Por volta das 23h30 (1h30 de ontem em Brasília), Toledo entrou na sede da campanha de García, para a surpresa dos simpatizantes do ex-presidente aglomerados do lado de fora do edifício, que gritavam "Toledo é aprista!". Ele seguiu então para a sede da Unidade Nacional, mas Flores já havia deixado o local. Ao longo do dia, ela se negou a comentar sobre alianças para o segundo turno.
Para o deputado reeleito Jorge del Castillo, do Partido Aprista, candidato à segunda vice-presidência na chapa de García, as alianças dependerão de consenso sobre pontos que o partido considera importantes, como "o fortalecimento da democracia, a reativação do aparato produtivo, a geração de emprego e a descentralização administrativa".
Transparência
As principais missões de observadores das eleições peruanas celebraram ontem a tranquilidade e a transparência do pleito de domingo. No ano passado, denúncias de fraude marcaram as eleições que deram ao então presidente Alberto Fujimori (1990-2000) um terceiro mandato consecutivo de cinco anos.
Fujimori acabou renunciando em novembro após uma crise provocada por denúncias de corrupção e tráfico de influência envolvendo seu braço direito e chefe do serviço de inteligência, Vladimiro Montesinos. A renúncia, apresentada por carta do Japão, durante uma viagem oficial, não foi aceita pelo Congresso, que o afastou por "incapacidade moral". Fujimori permanece auto-exilado no Japão.
O então presidente do Congresso, Valentín Paniagua, assumiu a Presidência após a destituição de Fujimori. À frente de um governo de transição, Paniagua ficou neutro no processo eleitoral.
Leia mais sobre as eleições no Peru
Toledo e García buscam apoio de Flores
Publicidade
da Folha de S.Paulo, em Lima
Com a definição da disputa do segundo turno da eleição presidencial entre o economista Alejandro Toledo e o ex-presidente Alan García (1985-1990), os dois iniciaram ontem a busca por apoios na disputa.
O principal alvo das gestões dos dois é Lourdes Flores, 41, que ficou em terceiro lugar, pouco atrás de García. A ex-deputada, que passou boa parte da campanha como forte candidata ao segundo turno, acabou surpreendida por García na reta final. Ela já admitiu sua derrota.
Segundo os dados da Onpe (órgão eleitoral oficial), após a apuração de 82,47% dos votos o candidato do Peru Possível, o populista Toledo, mantém a liderança com 36,5% dos votos, seguido por García, do Partido Aprista, com 26%, e da candidata de direita Lourdes Flores, da Unidade Nacional, com 23,85%.
O segundo turno deve ser realizado 30 dias após o fim da apuração e da validação dos resultados pelo JNE (a Justiça eleitoral), o que deve acontecer até o início da próxima semana.
Segundo as últimas pesquisas de intenção de voto, que haviam sido publicadas no domingo anterior à eleição, 49% do eleitorado votaria em Toledo num segundo turno contra García, que teria 29% das preferências.
Toledo e García
A busca por alianças começou ainda na noite de anteontem, quando Toledo saiu do Hotel Sheraton, no centro de Lima, onde havia montado um quartel-general para acompanhar as apurações, para visitar e cumprimentar seus dois principais adversários na disputa de anteontem.
Por volta das 23h30 (1h30 de ontem em Brasília), Toledo entrou na sede da campanha de García, para a surpresa dos simpatizantes do ex-presidente aglomerados do lado de fora do edifício, que gritavam "Toledo é aprista!". Ele seguiu então para a sede da Unidade Nacional, mas Flores já havia deixado o local. Ao longo do dia, ela se negou a comentar sobre alianças para o segundo turno.
Para o deputado reeleito Jorge del Castillo, do Partido Aprista, candidato à segunda vice-presidência na chapa de García, as alianças dependerão de consenso sobre pontos que o partido considera importantes, como "o fortalecimento da democracia, a reativação do aparato produtivo, a geração de emprego e a descentralização administrativa".
Transparência
As principais missões de observadores das eleições peruanas celebraram ontem a tranquilidade e a transparência do pleito de domingo. No ano passado, denúncias de fraude marcaram as eleições que deram ao então presidente Alberto Fujimori (1990-2000) um terceiro mandato consecutivo de cinco anos.
Fujimori acabou renunciando em novembro após uma crise provocada por denúncias de corrupção e tráfico de influência envolvendo seu braço direito e chefe do serviço de inteligência, Vladimiro Montesinos. A renúncia, apresentada por carta do Japão, durante uma viagem oficial, não foi aceita pelo Congresso, que o afastou por "incapacidade moral". Fujimori permanece auto-exilado no Japão.
O então presidente do Congresso, Valentín Paniagua, assumiu a Presidência após a destituição de Fujimori. À frente de um governo de transição, Paniagua ficou neutro no processo eleitoral.
Leia mais sobre as eleições no Peru
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice