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02/05/2001 - 22h39

Alemanha unificada inaugura sede definitiva do governo

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da Deutsche Welle

Depois de quatro anos de construção, foi inaugurada oficialmente, em Berlim, a sede definitiva de governo da Alemanha unificada. O chanceler federal, Gerhard Schröder, recebeu, simbolicamente, a chave do prédio e, em seguida, reuniu o seu gabinete, pela primeira vez, no prédio. Com 370 escritórios, é a maior central de governo de toda a Europa e também a mais cara. A herança que Schröder recebeu do seu antecessor Helmut Kohl custou mais de US$ 215 milhões.

Por causa de sua proporção monumental, considerada megalômana por muitos políticos alemães, o complexo passou a ser criticado muito antes de ficar pronto. O ex-chanceler Kohl não compareceu à cerimônia de entrega da chave, que contou com 900 convidados. Ele está no ostracismo desde que estourou, há mais de um ano e meio, o escândalo de doações ilegais ao seu partido União Democrata-Cristã (CDU). O político que conduziu o processo de reunificação da Alemanha é uma das figuras-chave do escândalo.

A mudança da chancelaria federal começou no último dia 27, um ano e meio após o início da transferência do governo de Bonn para Berlim, depois que esta cidade readquiriu o status de capital com a reunificação alemã, mais de dez anos atrás. Até segunda-feira última, o chefe de governo despachava num prédio antigo da ex-República Democrática Alemã (RDA), mas a maior parte da bagagem ainda partiu de Bonn. Em breve, Schröder poderá mudar também sua residência oficial para o oitavo andar do prédio.

Com a inauguração da nova sede foi concluída, oficialmente, a mudança do governo para Berlim. Do custo total estimado em 20 bilhões de marcos (US$ 9,2 bilhões) já foram gastos 11 bilhões de marcos. Mas, segundo o último balanço, divulgado no início deste ano, o número de servidores públicos que permanecem em Bonn (11 mil) ainda é maior do que os que se mudaram para a nova capital (8.300).

Seis Ministérios continuam na pequena cidade universitária que fora a capital provisória da Alemanha dividida durante 40 anos. Mas contando com as duas câmaras do Legislativo (Bundestag e Bundesrat) e mais a Presidência da República, a partir de junho Berlim abrigará 200 funcionários a mais que Bonn.

As despesas com o transporte do pessoal que continua morando em Bonn e trabalhando em Berlim, que correrão por conta dos cofres públicos até meados de 2001, são muito menores do que foram planejadas. As viagens de funcionários públicos entre as duas cidades nos fins de semana vão custar ao todo só 79 milhões de marcos em vez dos 120 milhões previstos.
 

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