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07/05/2001
-
09h23
LILIAN CHRISTOFOLETTI
da Folha de S.Paulo, em Madri
Menos de uma semana antes das eleições no País Basco, o grupo separatista basco ETA assassinou ontem, na cidade de Zaragoza, o presidente do Partido Popular da Comunidade Autônoma de Aragão, Miguel Giménez Abad.
Para os espanhóis, o crime é considerado um aviso do que pode ocorrer dependendo do resultado nas urnas no dia 13 de maio. Há duas semanas, o grupo havia alertado sobre ações terroristas para intimidar os eleitores.
O líder do PP (Partido Popular, governista) de Aragão foi assassinado diante de seu filho. Os dois estavam a caminho de um estádio para ver uma partida de futebol.
Abad estava de costas quando foi atingido na nuca por um homem, de aproximadamente 25 anos. Depois foi atingido por um segundo tiro no abdômen. Ao lado do corpo, foram encontradas três cápsulas de calibre 9 mm que, segundo a polícia, é a arma mais utilizada pelo ETA. Esse é o 29º assassinato cometido pelo grupo desde 28 de novembro de 1999, quando foi declarado o fim da trégua que durou 14 meses.
Perto das eleições, a tensão no País Basco aumenta a cada dia. Pesquisas divulgadas ontem pelos jornais espanhóis mostram que uma possível coligação do PP (direita) com o PSOE (partido socialista) teria maioria absoluta, e isso não é aceito pela organização.
O ETA, que deseja que o País Basco se torne independente da Espanha, considera inadmissível que o País Basco seja governado pelo partido do atual primeiro-ministro, José Maria Aznar (PP).
O grupo quer que o PNV (Partido Nacionalista Basco), no poder desde 1979, fortaleça sua posição nacionalista e estabeleça a independência do País Basco.
Os três principais candidatos a "lehendakari" (cargo similar a governador) do País Basco cancelaram suas campanhas por três dias por motivo de luto.
Para o PP e o PSOE, a ação do ETA poderá favorecê-los nas urnas. "Todos estão cansados de tantos assassinatos, extorsões e violência. A resposta é votar contra o governo basco", diz o candidato pelo PP, Jayme Mayor Oreja.
O "lehendakari" Juan José Ibarretxe, candidato à reeleição, afirmou ontem "repudiar a ação terrorista do ETA". "Somos a favor da paz e da liberdade, independentemente da opção política."
Leia mais no especial do ETA
ETA assassina o presidente do partido governista da Espanha
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da Folha de S.Paulo, em Madri
Menos de uma semana antes das eleições no País Basco, o grupo separatista basco ETA assassinou ontem, na cidade de Zaragoza, o presidente do Partido Popular da Comunidade Autônoma de Aragão, Miguel Giménez Abad.
Para os espanhóis, o crime é considerado um aviso do que pode ocorrer dependendo do resultado nas urnas no dia 13 de maio. Há duas semanas, o grupo havia alertado sobre ações terroristas para intimidar os eleitores.
O líder do PP (Partido Popular, governista) de Aragão foi assassinado diante de seu filho. Os dois estavam a caminho de um estádio para ver uma partida de futebol.
Abad estava de costas quando foi atingido na nuca por um homem, de aproximadamente 25 anos. Depois foi atingido por um segundo tiro no abdômen. Ao lado do corpo, foram encontradas três cápsulas de calibre 9 mm que, segundo a polícia, é a arma mais utilizada pelo ETA. Esse é o 29º assassinato cometido pelo grupo desde 28 de novembro de 1999, quando foi declarado o fim da trégua que durou 14 meses.
Perto das eleições, a tensão no País Basco aumenta a cada dia. Pesquisas divulgadas ontem pelos jornais espanhóis mostram que uma possível coligação do PP (direita) com o PSOE (partido socialista) teria maioria absoluta, e isso não é aceito pela organização.
O ETA, que deseja que o País Basco se torne independente da Espanha, considera inadmissível que o País Basco seja governado pelo partido do atual primeiro-ministro, José Maria Aznar (PP).
O grupo quer que o PNV (Partido Nacionalista Basco), no poder desde 1979, fortaleça sua posição nacionalista e estabeleça a independência do País Basco.
Os três principais candidatos a "lehendakari" (cargo similar a governador) do País Basco cancelaram suas campanhas por três dias por motivo de luto.
Para o PP e o PSOE, a ação do ETA poderá favorecê-los nas urnas. "Todos estão cansados de tantos assassinatos, extorsões e violência. A resposta é votar contra o governo basco", diz o candidato pelo PP, Jayme Mayor Oreja.
O "lehendakari" Juan José Ibarretxe, candidato à reeleição, afirmou ontem "repudiar a ação terrorista do ETA". "Somos a favor da paz e da liberdade, independentemente da opção política."
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