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27/05/2001 - 17h34

Unicef realiza programa de proteção a crianças escravas na África

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da France Presse, no Cairo (Egito)

Meninos-soldados e meninos-escravos, subalimentados, atingidos completamente por epidemias ou longe da escola serão o eixo do programa dedicado ao futuro da infância na África organizado pelo Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) e pela OUA (Organização da Unidade Africana), que começa amanhã no Cairo.

"A realização deste fórum revela o compromisso da Organização da Unidade Africana (OUA) a favor da melhoria das condições de vida das crianças", declarou na semana passada a diretora do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), Carol Bellamy, na apresentação do fórum do Cairo.
O fórum tem por objetivo adotar uma "posição africana comum sobre as necessidades dos meninos" antes da sessão especial da Assembléia Geral da ONU sobre a infância, que ocorre em Nova York entre os dias 19 e 21 de setembro, informou Bellamy em um comunicado.

Os delegados dos países africanos irão propor suas soluções aos graves problemas de um continente que não protege suas crianças: guerras civis e regionais, pobreza, fome, falta de educação, Aids, escravidão...
Segundo a organização, mais de 300.000 crianças ainda estão envolvidas em conflitos no mundo, dos quais a metade se encontram na África, especialmente na República do Congo, Uganda e Sudão.

Em Uganda, os meninos são recrutados pelo LRA (Exército de Resistência do Senhor)uma guerrilha cristã integrista que tenta desde 1988 derrotar o regime do presidente Yoweri Museveni.

No Sudão, o maior país da África, persiste desde 1983 a guerra civil que enfrenta a rebelião do sul majoritariamente cristã e animista contra os governos sucessivos do norte árabe-muçulmano.

A UNICEF estima que pelo menos 200.000 crianças do oeste e do centro do continente que são vítimas a cada ano de trabalhos forçados, sobretudo para trabalhos temporários nas plantações de cacau.

O texto que proíbe o recurtamento de meninos como soldados foi assinado por 79 países; outro documento que proíbe a exploração sexual de menores foi assinado por 72 países.

Mas a ratificação desses tratados se dá a conta-gotas: o primeiro tratado foi ratificado por 4 países; o segundo, por três, um ano depois de sua adoção pela Assembléia da ONU. Para que um texto entre em vigor, são necessárias 10 ratificações.

O outro protocolo prevê perseguições penais contra todos os que se consideram responsáveis de tráfico, adoção ilegal, prostituição e pornografia infantil.

 

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