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06/06/2001
-
13h09
da France Presse, em Bagdá (Iraque)
O dinheiro obtido pelo Iraque com o contrabando de petróleo tornou-se um fator decisivo para a estabilidade do regime de Saddam Hussein. Essa é a avaliação de um diplomata ocidental que está em Bagdá (capital do Iraque).
O país está devastado economicamente, após 11 anos de embargo. Junto com o bloqueio econômico, os EUA tentam combater o comércio clandestino de petróleo no país.
Segundo o diplomata, que preferiu não se identificar, a virulenta oposição (dos dirigentes iraquianos) às sanções se explica por suas preocupações diante da possibilidade de perder essa fonte de renda, estimada por meios diplomatas em US$ 1,5 bilhão por ano.
Na última segunda-feira (4), o Iraque suspendeu por um mês suas exportações sob controle da ONU (Organização das Nações Unidas), em protesto pelo projeto britânico-americano de resolução para revisar as sanções, o que está previsto para discussão pela ONU para o início de julho.
Este projeto de sanções tem como objetivo acabar com o contrabando de petróleo e facilitar a importação pelo Iraque de bens de uso estritamente civil.
O dinheiro resultante do contrabando serve essencialmente "para reforçar o serviço de segurança e o restante vai para outras administrações do Estado", afirmou o diplomata.
A renda do Iraque no programa "petróleo por alimentos", em vigor desde 1996, entra em uma conta controlada em Nova York e só pode ser destinada a financiar bens com o consentimento da ONU.
O principal objetivo do projeto britânico-americano, embora se apresente sob uma aparência humanitária, é "privar Saddam Hussein de dinheiro para enfraquecê-lo e desestabilizá-lo", de acordo com outro diplomata, que também manteve seu anonimato. "O principal objetivo do regime é manter-se no poder e para isso precisa de dinheiro".
O contrabando circula por águas do território do Irã, pelo comércio entre Jordânia e Iraque, ou por meio do oleoduto que liga Iraque e Síria. "Turquia e Jordânia podem ser obrigadas em troca de compensações financeiras, mas não Irã e Síria", comentou o primeiro dos diplomatas. "De qualquer modo, as sanções não poderão deter totalmente o contrabando."
Para diplomatas, dinheiro de comércio ilegal de petróleo sustenta Iraque
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O dinheiro obtido pelo Iraque com o contrabando de petróleo tornou-se um fator decisivo para a estabilidade do regime de Saddam Hussein. Essa é a avaliação de um diplomata ocidental que está em Bagdá (capital do Iraque).
O país está devastado economicamente, após 11 anos de embargo. Junto com o bloqueio econômico, os EUA tentam combater o comércio clandestino de petróleo no país.
Segundo o diplomata, que preferiu não se identificar, a virulenta oposição (dos dirigentes iraquianos) às sanções se explica por suas preocupações diante da possibilidade de perder essa fonte de renda, estimada por meios diplomatas em US$ 1,5 bilhão por ano.
Na última segunda-feira (4), o Iraque suspendeu por um mês suas exportações sob controle da ONU (Organização das Nações Unidas), em protesto pelo projeto britânico-americano de resolução para revisar as sanções, o que está previsto para discussão pela ONU para o início de julho.
Este projeto de sanções tem como objetivo acabar com o contrabando de petróleo e facilitar a importação pelo Iraque de bens de uso estritamente civil.
O dinheiro resultante do contrabando serve essencialmente "para reforçar o serviço de segurança e o restante vai para outras administrações do Estado", afirmou o diplomata.
AP - 6.jan.2001 |
Sadam Hussein, presidente do Iraque |
O principal objetivo do projeto britânico-americano, embora se apresente sob uma aparência humanitária, é "privar Saddam Hussein de dinheiro para enfraquecê-lo e desestabilizá-lo", de acordo com outro diplomata, que também manteve seu anonimato. "O principal objetivo do regime é manter-se no poder e para isso precisa de dinheiro".
O contrabando circula por águas do território do Irã, pelo comércio entre Jordânia e Iraque, ou por meio do oleoduto que liga Iraque e Síria. "Turquia e Jordânia podem ser obrigadas em troca de compensações financeiras, mas não Irã e Síria", comentou o primeiro dos diplomatas. "De qualquer modo, as sanções não poderão deter totalmente o contrabando."
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