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10/06/2001
-
10h19
da France Presse, em Katmandu
O massacre da família real nepalesa, que modificou radicalmente a ordem de sucessão, obriga a pensar em outros termos o futuro da monarquia hereditária, disse o ministro das Relações Exteriores, Shakra Prasad Bastola.
Até a data, a sucessão ao trono nunca foi um problema, pois um monarca sempre sucedia o outro, explicou o ministro em entrevista. "Agora devemos começar a pensar em tudo isso. Esta série de acontecimentos nos obriga a pensar no que acontecerá no futuro", acrescentou Bastola, sem precisar qual poderá ser o conteúdo de uma eventual reforma.
A morte do rei Birendra, da rainha Aishwarya e de seus três filhos converteu o príncipe Gyanendra, irmão do falecido soberano, no novo rei do Nepal e seu filho único, o príncipe Palas, no príncipe herdeiro.
Mas estes membros da família real não são queridos pelos nepaleses. O novo rei é considerado autoritário e favorece o regresso da monarquia absoluta, substituída em 1990 pelo rei Birendra por uma monarquia parlamentar.
Bastola estimou que o rei Birendra se tornou ainda mais popular depois
de sua dramática morte, relegando o novo soberano a um segundo plano.
Mas o novo monarca comprometeu-se em esclarecer as circunsâncias deste drama que comoveu os nepaleses, que se mostam incrédulos ante os testemunhos de que príncipe herdeiro Dipendra, filho do falecido rei, é o autor do massacre.
Dipendra ficou gravemente ferido depois de disparar uma bala na cabeça, o que o impediu de ser proclamado rei até sua morte, na segunda-feira passada.
O chanceler reconhecu que houve "lacunas" na obtenção de informações e em sua difusão. "Todo o país foi tomado de surpresa", explicou, acrescentando que é preciso tirar uma lição desse drama.
Monarquia hereditária do Nepal deve ser reformulada
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O massacre da família real nepalesa, que modificou radicalmente a ordem de sucessão, obriga a pensar em outros termos o futuro da monarquia hereditária, disse o ministro das Relações Exteriores, Shakra Prasad Bastola.
Até a data, a sucessão ao trono nunca foi um problema, pois um monarca sempre sucedia o outro, explicou o ministro em entrevista. "Agora devemos começar a pensar em tudo isso. Esta série de acontecimentos nos obriga a pensar no que acontecerá no futuro", acrescentou Bastola, sem precisar qual poderá ser o conteúdo de uma eventual reforma.
A morte do rei Birendra, da rainha Aishwarya e de seus três filhos converteu o príncipe Gyanendra, irmão do falecido soberano, no novo rei do Nepal e seu filho único, o príncipe Palas, no príncipe herdeiro.
Mas estes membros da família real não são queridos pelos nepaleses. O novo rei é considerado autoritário e favorece o regresso da monarquia absoluta, substituída em 1990 pelo rei Birendra por uma monarquia parlamentar.
Bastola estimou que o rei Birendra se tornou ainda mais popular depois
de sua dramática morte, relegando o novo soberano a um segundo plano.
Mas o novo monarca comprometeu-se em esclarecer as circunsâncias deste drama que comoveu os nepaleses, que se mostam incrédulos ante os testemunhos de que príncipe herdeiro Dipendra, filho do falecido rei, é o autor do massacre.
Dipendra ficou gravemente ferido depois de disparar uma bala na cabeça, o que o impediu de ser proclamado rei até sua morte, na segunda-feira passada.
O chanceler reconhecu que houve "lacunas" na obtenção de informações e em sua difusão. "Todo o país foi tomado de surpresa", explicou, acrescentando que é preciso tirar uma lição desse drama.
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