Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
02/07/2001 - 11h35

Choques dificultam caminho para uma solução política na Macedônia

Publicidade

da France Presse, em Skopje (Macedônia)

Os combates entre a guerrilha albanesa e as forças do governo, que recomeçaram ontem na Macedônia, provocaram a morte de um soldado e feriu outros dois. Essas foram a primeira grande violação da trégua anunciada no último dia 24 para ajudar na busca por uma solução política do conflito.

O enviado norte-americano James Pardew, que chegou ontem em Skopje (capital da Macedônia), teve hoje uma primeira reunião com o presidente macedônio, Boris Trajkovski, que classificou de "boa".

Pardew trabalhará com o representante da União Européia (UE), o francês François Leotard, para tentar fazer com que os líderes políticos macedônios e albaneses voltem à mesa de negociações. O reinício dos combates no norte do país torna ainda mais delicada essa missão.

À noite, as forças macedônias atacaram com helicópteros de combate as posições rebeldes nos arredores de Tetovo (noroeste), próximo ao povoado de Radusa, nas montanhas entre Tetovo e Skopje, afirmando responder a disparos rebeldes que causaram uma morte e deixaram dois feridos nas fileiras macedônias.

A guerrilha do Exército de Libertação Nacional (UCK) posicionou-se pela primeira vez em dias nos arredores de Radusa, um povoado vizinho à Província sérvia de Kosovo e 20 km a noroeste da capital. Centenas de civis fugiram de Radusa após os primeiros incidentes com armas, em meados de junho.

Dois homens das forças macedônias ficaram feridos em um incidente perto de Radusa, onde os rebeldes atacaram com morteiros e franco-atiradores, provocando a resposta do Exército, que abriu fogo com helicópteros nas regiões de Gajre e Radusa.

Ao mesmo tempo, os enviados da comunidade internacional começaram a trabalhar em Skopje, para tentar restabelecer o diálogo entre os partidos representando macedônios e albaneses, e buscando uma solução política para o conflito.

Pardew deverá se reunir com François Leotard, que chegou na última quinta-feira (28 de junho) para uma temporada de quatro meses com o premiê macedônio, Ljubco Georgievski, e com embaixadores ocidentais. Leotard, que neste fim-de-semana reuniu-se com vários dirigentes do país, garantiu que o prolongamento do cessar-fogo é a sua prioridade.

O fim das hostilidades havia sido acertado no último dia 24, com a mediação do representante da UE Javier Solana e ao fim de três dias de bombardeio do Exército contra a localidade de Aracinovo. Os rebeldes deixaram o local após um acordo com a comunidade internacional.

Leotard indicou que, em suas primeiras reuniões com os líderes políticos, tratou de questões constitucionais e das principais reivindicações da minoria albanesa na Macedônia.

Vários meses de pressão da comunidade internacional ainda não permitiram avanços significativos nas discussões entre os partidos políticos, enquanto a guerrilha, à margem das conversas, continua estacionada no norte do país.

  • Leia mais sobre os conflitos nos Bálcãs
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página