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02/07/2001 - 16h25

Saiba quem são os fugitivos do Tribunal Penal Internacional

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da France Presse, em Haia (Holanda)

Depois do ex-presidente iugoslavo Slobodan Milosevic, o TPI (Tribunal Penal Internacional) espera receber outros 25 supostos criminosos de guerra, acusados publicamente, que estão fora de sua jurisdição, e que em alguns casos recebem proteção das leis de seu país.

A hipótese mais provável é que a maior parte dos acusados esteja na República Srpska, a entidade sérvia da Bósnia, incluindo o líder sérvio-bósnio Radovan Karadzic e o comandante militar durante a guerra (1992-1995), Ratko Mladic.

Outros estão na Iugoslávia, como é o caso do presidente sérvio Milan Milutinovic, protegido pela imunidade que a lei sérvia lhe concede.

Além destes acusados publicamente, outras 13 pessoas foram acusadas em sigilo, um procedimento aceito pelo TPI para facilitar sua captura.

Veja a lista dos acusados publicamente pelo TPI para os crimes da ex-Iugoslávia:

Radovan Karadzic e Ratko Mladic: o ex-líder dos sérvio-bósnios e seu chefe militar são acusados de genocídio, crimes contra a humanidade e crimes de guerra durante a guerra da Bósnia (1992-95), especialmente pela matança de Srebrenica em julho de 1995.

Karadzic está em outra acusação junto a Biljana Plavsic, que foi vice-presidente dos sérvios da Bósnia durante o conflito, e Momcilo Krajisnik, chefe do parlamento sérvio-bósnio. Os dois estão presos em Haia aguardando julgamento. Ambos são acusados de genocídio, crimes contra a humanidade e crimes de guerra durante a campanha de "limpeza étnica" na Bósnia.

Quatro dos "Cinco de Kosovo": quatro dos colaboradores de Slobodan Milosevic na cúpula militar e política de Belgrado são acusados no mesmo caso do ex-presidente iugoslavo, ou seja a campanha das forças sérvias em Kosovo, província do sul da Iugoslávia.

São eles: o presidente sérvio Milan Milutinovic, o ex-vice-primeiro-ministro sérvio Nikola Sainovic, o chefe da forças iugoslavas em Kosovo durante o conflito, Dragoljub Ojdanic, e o ex-ministro sérvio do Interior, Vlajko Stojiljkovic.

Eles são acusados de planejar e ordenar as atrocidades cometidas entre 1998-99 pelas forças sérvias contra os albaneses de Kosovo. Os quatro são "fugitivos" do TPI, e por isso Milosevic comparecerá sozinho à audiência inicial deste caso.

Três deles gozam de imunidade parlamentar pela lei sérvia: Milutinovic na qualidade de presidente, e Sainovic e Stojilkjkovic como parlamentares. A imunidade só pode acabar se uma sessão parlamentar extraordinária assim o decidir. Milutinovic a perderá no final de seu mandato, em 2002.

Os "Três de Vukovar": os oficiais sérvio-croatas Mile Mrksic, Miroslav Radic e Veselin Sljivancanin são acusados de terem assassinado 200 pessoas nos três meses de duração da operação de Vukovar, na guerra da Croácia (1991).

Os outros condenados publicamente que estão fora da jurisdição do TPI são: Goran Borovnica, Zeljko Meakic, Momcilo Gruban, Dusan Knezevic, Dragan Fustar, Nenad Banovic, Predrag Banovic, Ranko Cesic, Milan Martic, Ivica Rajic, Zoran Marinic, Gojko Jankovic, Dragan Zelenovic, Radovan Stankovic, Milan Lukic e Sredoje Lukic.
 

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