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05/07/2001 - 07h44

Colaborador de Milosevic é condenado a 40 anos de prisão

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da France Presse, em Haia (Holanda)

A Corte de Apelações do TPI (Tribunal Penal Internacional) para a ex-Iugoslávia confirmou hoje, a pena de 40 anos de prisão para Goran Jelisic, apelidado de "Adolf sérvio da Bósnia", por crimes de guerra e contra a humanidade. Esta é a maior pena determinada em segunda instância pelo TPI.

Jelisic foi um dos colaboradores do regime de Slobodan Milosevic na Iugoslávia. Nesta semana, Milosevic compareceu à primeira audiência de seu julgamento no TPI. Ele responde por crimes contra humanidade pela morte e deportação de milhares de albaneses em Kosovo, em 1999.

Os cinco juízes negaram os dois recursos que foram apresentados, o primeiro da promotoria, que pretendia que a pena fosse por genocídio e a de Jelisic para uma redução da pena.

"A Corte de Apelação mantém por unanimidade a pena de 40 anos de prisão, decretada no julgamento em primeira instância", declarou o juiz Mohammed Shahabuddeen, diante de um réu visivelmente afetado pela sentença.

No dia 14 de dezembro de 1999, Goran Jelisic foi declarado culpado de crimes de guerra e contra a humanidade, os quais tinha reconhecido. Em compensação, foi absolvido da acusação de genocídio - a mais grave prevista pelo TPI - no dia 19 de outubro.

Este ex-agricultor 33 anos admitiu sua culpa em várias execuções nos campos de detenção servo-bósnio de Luka, em Brcko (Norte da Bósnia). Jelisic, que não tinha mais que 23 anos neste momento, recebeu um apelido em alusão a Adolf Hitler. Na época, se vangloriava de matar 20 a 30 pessoas antes do primeiro café, segundo informações do julgamento.


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