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11/07/2001
-
12h26
da France Presse, em Srebrenica (Bósnia)
Cerca de 5.000 muçulmanos que sobreviveram à Guerra da Bósnia voltaram hoje a cidade de Srebrenica para rezar pelos 7.000 mortos do massacre ocorrido há seis anos. Na época, a cidade estava ocupada por forças sérvias.
Procedentes de diferentes regiões da Bósnia, 100 carros chegaram em Potocari, onde será inaugurada a lápide funerária de um futuro mausoléu e cemitério, em memória do massacre. Não está previsto nenhum discurso, apenas orações pelos mortos.
A sobrevivente Jamzia Omerovic, originária de Bratunac, cidade a 20 km de Srebrenica, disse estar convencida de que um dia poderá retornar à cidade, no território da República Sérvia da Bósnia, perto da fronteira com a Sérvia. Outro sobrevivente questionou o fato de "os carrascos da guerra continuarem em liberdade".
Dois dos principais responsáveis pelo massacre, o ex-líder político dos servo-bósnios, Radovan Karadzic, e o ex-chefe das Forças Armadas, Ratko Mladic, acusados de crimes de guerra pelo TPI (Tribunal Penal Internacional) para a antiga Iugoslávia, continuam em liberdade e suspeita-se que estejam escondidos na República Sérvia.
Para evitar conflitos raciais, foram adotadas medidas extraordinárias de segurança. Cerca de 2.300 policiais foram mobilizados e a Força da Otan na Bósnia ofereceu seus serviços, para garantir a segurança em Srebrenica. As autoridades da República Sérvia decidiram enviar à cerimônia uma delegação para representar o governo e o parlamento.
O sentimento antimuçulmano continua grande entre os servo-bósnios. Em maio, muçulmanos decidiram reconstruir mesquitas destruídas durante a guerra, mas o ato terminou em conflitos.
O sexto aniversário do massacre em Srebrenica coincide com as pressões internacionais para que as autoridades da República Sérvia prendam Karadzic e Mladic e o transfiram para Haia. O premiê da RS, Mladen Ivanic, anunciou sua intenção de cooperar com o tribunal da ONU (Organização das Nações Unidas) e um projeto de lei neste sentido será submetido ao parlamento.
Quase diariamente, novos corpos, supostamente de vítimas de Srebrenica, são retirados dos ossuários descobertos nas proximidades da cidade.
Sobreviventes de guerra na Bósnia voltam a local de massacre
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Cerca de 5.000 muçulmanos que sobreviveram à Guerra da Bósnia voltaram hoje a cidade de Srebrenica para rezar pelos 7.000 mortos do massacre ocorrido há seis anos. Na época, a cidade estava ocupada por forças sérvias.
Procedentes de diferentes regiões da Bósnia, 100 carros chegaram em Potocari, onde será inaugurada a lápide funerária de um futuro mausoléu e cemitério, em memória do massacre. Não está previsto nenhum discurso, apenas orações pelos mortos.
A sobrevivente Jamzia Omerovic, originária de Bratunac, cidade a 20 km de Srebrenica, disse estar convencida de que um dia poderá retornar à cidade, no território da República Sérvia da Bósnia, perto da fronteira com a Sérvia. Outro sobrevivente questionou o fato de "os carrascos da guerra continuarem em liberdade".
Dois dos principais responsáveis pelo massacre, o ex-líder político dos servo-bósnios, Radovan Karadzic, e o ex-chefe das Forças Armadas, Ratko Mladic, acusados de crimes de guerra pelo TPI (Tribunal Penal Internacional) para a antiga Iugoslávia, continuam em liberdade e suspeita-se que estejam escondidos na República Sérvia.
Para evitar conflitos raciais, foram adotadas medidas extraordinárias de segurança. Cerca de 2.300 policiais foram mobilizados e a Força da Otan na Bósnia ofereceu seus serviços, para garantir a segurança em Srebrenica. As autoridades da República Sérvia decidiram enviar à cerimônia uma delegação para representar o governo e o parlamento.
O sentimento antimuçulmano continua grande entre os servo-bósnios. Em maio, muçulmanos decidiram reconstruir mesquitas destruídas durante a guerra, mas o ato terminou em conflitos.
O sexto aniversário do massacre em Srebrenica coincide com as pressões internacionais para que as autoridades da República Sérvia prendam Karadzic e Mladic e o transfiram para Haia. O premiê da RS, Mladen Ivanic, anunciou sua intenção de cooperar com o tribunal da ONU (Organização das Nações Unidas) e um projeto de lei neste sentido será submetido ao parlamento.
Quase diariamente, novos corpos, supostamente de vítimas de Srebrenica, são retirados dos ossuários descobertos nas proximidades da cidade.
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