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11/07/2001
-
20h56
da Agência Lusa
O Vaticano acusou hoje a globalização e o turismo de contribuírem para a propagação de alguns dos "males da humanidade", como a Aids e a exploração de mulheres e crianças, condenando em particular o turismo sexual.
Num documento divulgado hoje pelo Conselho Pontifício da Pastoral para os Migrantes e Viajantes, o Vaticano reconhece que o turismo é um direito de todos.
Mas _acrescenta o texto_ este não pode ser um elemento de destruição de culturas e do meio ambiente e, muito menos, uma oportunidade para a exploração sexual de mulheres e crianças.
Não é a primeira vez que a igreja condena o turismo sexual. O papa João Paulo 2° o fez durante a sua viagem em 1999 à Índia e, mais recentemente, ao afirmar que a exploração de mulheres e crianças "num comércio sexual sem escrúpulos é um escândalo intolerável".
"Uma certa forma de globalização está na origem de consequências graves para os países e a humanidade. O fosso entre países ricos e países pobres aumentou. Foi introduzida uma nova forma de escravatura e de dependência dos países mais pobres e instaurada uma supremacia da ordem econômica, que ameaça a dignidade humana", diz o texto divulgado a menos de 10 dias da reunião de cúpula do G-8 em Gênova.
"Os fenômenos mais execráveis que acompanham o turismo em algumas regiões agravam-se", diz o Vaticano.
"Não podemos fazer recair sobre a globalização a causa de todos estes males da humanidade, mas não se pode ignorar que ambos os podem favorecer", afirma o Vaticano, lembrando que a atividade do turismo, em 2000, envolveu 698 milhões de pessoas, e se transforme num promotor de uma "globalização da solidariedade".
Para responder ao problema, o documento exorta os operadores turísticos e as comunidades locais a demonstrarem "maior responsabilidade", especialmente como forma de proteção do equilíbrio no planeta.
O Vaticano alerta ainda para a precaridade do trabalho na área do turismo, pois, embora seja uma fonte de emprego _no ano passado movimentou US$ 476 bilhões_, é uma atividade de caráter temporário.
"Os países pobres não podem acabar por ser terra de ocupação de novos colonizadores", afirmou o secretário do Conselho Pontifício, monsenhor Francesco Gioia.
Vaticano critica globalização e turismo
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O Vaticano acusou hoje a globalização e o turismo de contribuírem para a propagação de alguns dos "males da humanidade", como a Aids e a exploração de mulheres e crianças, condenando em particular o turismo sexual.
Num documento divulgado hoje pelo Conselho Pontifício da Pastoral para os Migrantes e Viajantes, o Vaticano reconhece que o turismo é um direito de todos.
Mas _acrescenta o texto_ este não pode ser um elemento de destruição de culturas e do meio ambiente e, muito menos, uma oportunidade para a exploração sexual de mulheres e crianças.
Não é a primeira vez que a igreja condena o turismo sexual. O papa João Paulo 2° o fez durante a sua viagem em 1999 à Índia e, mais recentemente, ao afirmar que a exploração de mulheres e crianças "num comércio sexual sem escrúpulos é um escândalo intolerável".
"Uma certa forma de globalização está na origem de consequências graves para os países e a humanidade. O fosso entre países ricos e países pobres aumentou. Foi introduzida uma nova forma de escravatura e de dependência dos países mais pobres e instaurada uma supremacia da ordem econômica, que ameaça a dignidade humana", diz o texto divulgado a menos de 10 dias da reunião de cúpula do G-8 em Gênova.
"Os fenômenos mais execráveis que acompanham o turismo em algumas regiões agravam-se", diz o Vaticano.
"Não podemos fazer recair sobre a globalização a causa de todos estes males da humanidade, mas não se pode ignorar que ambos os podem favorecer", afirma o Vaticano, lembrando que a atividade do turismo, em 2000, envolveu 698 milhões de pessoas, e se transforme num promotor de uma "globalização da solidariedade".
Para responder ao problema, o documento exorta os operadores turísticos e as comunidades locais a demonstrarem "maior responsabilidade", especialmente como forma de proteção do equilíbrio no planeta.
O Vaticano alerta ainda para a precaridade do trabalho na área do turismo, pois, embora seja uma fonte de emprego _no ano passado movimentou US$ 476 bilhões_, é uma atividade de caráter temporário.
"Os países pobres não podem acabar por ser terra de ocupação de novos colonizadores", afirmou o secretário do Conselho Pontifício, monsenhor Francesco Gioia.
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