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12/07/2001
-
10h58
da France Presse, em Seul (Coréia do Sul)
A Coréia do Sul decidiu hoje adotar sanções contra o Japão por sua recusa em modificar o conteúdo dos manuais de história considerados revisionistas por Seul e outras capitais asiáticas.
O governo sul-coreano anunciou a suspensão dos contatos militares com o Japão e da política de abertura para bens culturais nipônicos.
Em primeiro lugar, o Ministério sul-coreano de Defesa anunciou que o chefe do Estado-Maior conjunto, o general Cho Yong-Gil, decidira cancelar uma visita prevista ao Japão para o final deste mês.
A Coréia do Sul também negou autorização a dois navios de guerra japoneses para fazer escala em Inchon, na costa ocidental, em setembro. Os navios japoneses iam participar em manobras junto com 13 países asiáticos.
Achamos que os intercâmbios militares devem fundamentar-se em uma visão correta da história e na confiança mútua, com o apoio da população, disse uma autoridade do Ministério sul-coreano da Defesa.
Pouco depois, era o Ministério da Cultura e do Turismo que anunciava suas próprias sanções.
O ministro Kim Han-Kil decidiu suspender por tempo indefinido a política de abertura do mercado sul-coreano à música moderna, aos programas de televisão e ao cinema japonês, que Seul tinha lançado na perspectiva de aproximar-se de Tóquio.
A Coréia do Sul tinha suspendido gradualmente a proibição que existia há décadas para a importação de bens culturais japoneses depois de uma visita do presidente sul-coreano Kim Dae-Jung em 1998, destinada a aproximar os dois países ex-adversários.
O embaixador sul-coreano em Tóquio, Choi Sang-Yong, se reuniu hoje com o secretário geral do governo japonês, Yasuo Fukuda, para reiterar as importantes reservas de Seul à decisão de não ordenar a revisão dos manuais.
O ressentimento contra os japoneses aumentou sensivelmente na Coréia do Sul, onde várias escolas cancelaram projetos de colaboração ou de relações com escolas japonesas. Uns quinhentos manifestantes sul-coreanos, entre os quais numerosos estudantes, queimaram duas bandeiras japonesas diante do consulado do Japão em Pusan (sul), informou por sua parte a agência sul-coreana "Yonhap".
Coréia do Sul, Coréia do Norte e China condenaram o Japão por sua recusa de fazer mudanças importantes nesses manuais. Segundo Seul, Pequim e Taipé, esses textos ignoram crimes de guerra e certos aspectos da invasão japonesa na Ásia no século passado.
O Japão ocupou a península coreana de 1910 até sua derrota na Segunda Guerra Mundial, em 1945. A posição oficial continua sendo a do arrependimento, tal como o expressou publicamente o primeiro-ministro japonês Tomichii Murayama em 1995.
O governo sul-coreano havia protestado em particular contra a ausência de qualquer menção, no livro controvertido, do que ocorreu com as mulheres obrigadas a prostituir-se pelos soldados japoneses durante a guerra.
Mas o governo japonês estimou em um comunicado que a maioria dos capítulos dos manuais para os quais China e Coréia do Sul pedem correções não contém "erros manifestos".
Seul decide punir Japão em caso de livros de história
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A Coréia do Sul decidiu hoje adotar sanções contra o Japão por sua recusa em modificar o conteúdo dos manuais de história considerados revisionistas por Seul e outras capitais asiáticas.
O governo sul-coreano anunciou a suspensão dos contatos militares com o Japão e da política de abertura para bens culturais nipônicos.
Em primeiro lugar, o Ministério sul-coreano de Defesa anunciou que o chefe do Estado-Maior conjunto, o general Cho Yong-Gil, decidira cancelar uma visita prevista ao Japão para o final deste mês.
A Coréia do Sul também negou autorização a dois navios de guerra japoneses para fazer escala em Inchon, na costa ocidental, em setembro. Os navios japoneses iam participar em manobras junto com 13 países asiáticos.
Achamos que os intercâmbios militares devem fundamentar-se em uma visão correta da história e na confiança mútua, com o apoio da população, disse uma autoridade do Ministério sul-coreano da Defesa.
Pouco depois, era o Ministério da Cultura e do Turismo que anunciava suas próprias sanções.
O ministro Kim Han-Kil decidiu suspender por tempo indefinido a política de abertura do mercado sul-coreano à música moderna, aos programas de televisão e ao cinema japonês, que Seul tinha lançado na perspectiva de aproximar-se de Tóquio.
A Coréia do Sul tinha suspendido gradualmente a proibição que existia há décadas para a importação de bens culturais japoneses depois de uma visita do presidente sul-coreano Kim Dae-Jung em 1998, destinada a aproximar os dois países ex-adversários.
O embaixador sul-coreano em Tóquio, Choi Sang-Yong, se reuniu hoje com o secretário geral do governo japonês, Yasuo Fukuda, para reiterar as importantes reservas de Seul à decisão de não ordenar a revisão dos manuais.
O ressentimento contra os japoneses aumentou sensivelmente na Coréia do Sul, onde várias escolas cancelaram projetos de colaboração ou de relações com escolas japonesas. Uns quinhentos manifestantes sul-coreanos, entre os quais numerosos estudantes, queimaram duas bandeiras japonesas diante do consulado do Japão em Pusan (sul), informou por sua parte a agência sul-coreana "Yonhap".
Coréia do Sul, Coréia do Norte e China condenaram o Japão por sua recusa de fazer mudanças importantes nesses manuais. Segundo Seul, Pequim e Taipé, esses textos ignoram crimes de guerra e certos aspectos da invasão japonesa na Ásia no século passado.
O Japão ocupou a península coreana de 1910 até sua derrota na Segunda Guerra Mundial, em 1945. A posição oficial continua sendo a do arrependimento, tal como o expressou publicamente o primeiro-ministro japonês Tomichii Murayama em 1995.
O governo sul-coreano havia protestado em particular contra a ausência de qualquer menção, no livro controvertido, do que ocorreu com as mulheres obrigadas a prostituir-se pelos soldados japoneses durante a guerra.
Mas o governo japonês estimou em um comunicado que a maioria dos capítulos dos manuais para os quais China e Coréia do Sul pedem correções não contém "erros manifestos".
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