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19/07/2001
-
13h02
DAVID USBORNE
do "The Independent", em Nova York
Por 12 anos, o padre jesuíta Joseph Towle manteve silêncio sobre o assassinato de um jovem num parque do bairro do Bronx, em Nova York, em 1987. Ele tinha a informação de que os dois homens condenados pelo crime eram inocentes e que os verdadeiros assassinos estavam soltos. Esta semana, ele resolveu, no entanto, contar à Justiça o que sabia.
O segredo foi revelado segunda-feira num tribunal federal de apelações. Ao apontar, finalmente, a identidade de um dosf criminosos, o padre Towle cumpriu suas obrigações civis, mas se viu envolvido numa polêmica sobre o sacramento da confissão.
O terrível dilema do padre Towle começou numa tarde, em 1989, quando ele visitou um jovem problemático de sua paróquia no Bronx. O tal jovem, Jesus Fornes, contou ao padre que ele e outro homem haviam matado José Rivera a facadas, num parque, dois anos antes.
Fornes estava angustiado porque dois de seus amigos haviam sido condenados injustamente pelo crime e estavam prestes a receber a sentença.
Ao revelar o segredo, o padre Towle transformou-se no pivô de uma apelação judicial movida por um dos condenados, José Morales, que, junto com Ruben Montalvo, cumpre pena de 15 anos de prisão pelo assassinato.
O padre Towle só começou a pensar em romper o silêncio depois que Fornes morreu, assassinado, em 1997. Mesmo assim, ele foi duramente atacado no tribunal por promotores, que o acusaram de violar o sigilo da confissão.
Towle disse, no entanto, que sua conversa com Fornes não foi uma confissão formal, apenas um diálogo. Mas reconheceu que, no final da conversa, concedeu a Fornes a absolvição.
Fornes chegou a ir ao tribunal no dia em que seus amigos aguardavam a sentença e contou tudo ao advogado dos réus. Mas já era tarde. Ele procurou, então, o advogado Stanley Cohen, que presta assistência jurídica à comunidade, para saber como tirar os dois inocentes da prisão.
Cohen disse que não havia nada que Fornes pudesse fazer, a não ser que ele quisesse passar o resto de seus dias na prisão.
Arrependido de ter aconselhado Fornes a ficar calado, Cohen também depôs segunda-feira no tribunal de apelação. "Estou aqui porque não posso dormir, não posso comer e não posso viver em paz comigo mesmo", disse o advogado.
O padre Towle só concordou em depor depois de pedir o conselho da igreja. A arquidiocese de Nova York disse que seria apropriado contar a verdade.
Segredo da confissão é inviolável
Padre viola confissão e denuncia assassino
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do "The Independent", em Nova York
Por 12 anos, o padre jesuíta Joseph Towle manteve silêncio sobre o assassinato de um jovem num parque do bairro do Bronx, em Nova York, em 1987. Ele tinha a informação de que os dois homens condenados pelo crime eram inocentes e que os verdadeiros assassinos estavam soltos. Esta semana, ele resolveu, no entanto, contar à Justiça o que sabia.
O segredo foi revelado segunda-feira num tribunal federal de apelações. Ao apontar, finalmente, a identidade de um dosf criminosos, o padre Towle cumpriu suas obrigações civis, mas se viu envolvido numa polêmica sobre o sacramento da confissão.
O terrível dilema do padre Towle começou numa tarde, em 1989, quando ele visitou um jovem problemático de sua paróquia no Bronx. O tal jovem, Jesus Fornes, contou ao padre que ele e outro homem haviam matado José Rivera a facadas, num parque, dois anos antes.
Fornes estava angustiado porque dois de seus amigos haviam sido condenados injustamente pelo crime e estavam prestes a receber a sentença.
Ao revelar o segredo, o padre Towle transformou-se no pivô de uma apelação judicial movida por um dos condenados, José Morales, que, junto com Ruben Montalvo, cumpre pena de 15 anos de prisão pelo assassinato.
O padre Towle só começou a pensar em romper o silêncio depois que Fornes morreu, assassinado, em 1997. Mesmo assim, ele foi duramente atacado no tribunal por promotores, que o acusaram de violar o sigilo da confissão.
Towle disse, no entanto, que sua conversa com Fornes não foi uma confissão formal, apenas um diálogo. Mas reconheceu que, no final da conversa, concedeu a Fornes a absolvição.
Fornes chegou a ir ao tribunal no dia em que seus amigos aguardavam a sentença e contou tudo ao advogado dos réus. Mas já era tarde. Ele procurou, então, o advogado Stanley Cohen, que presta assistência jurídica à comunidade, para saber como tirar os dois inocentes da prisão.
Cohen disse que não havia nada que Fornes pudesse fazer, a não ser que ele quisesse passar o resto de seus dias na prisão.
Arrependido de ter aconselhado Fornes a ficar calado, Cohen também depôs segunda-feira no tribunal de apelação. "Estou aqui porque não posso dormir, não posso comer e não posso viver em paz comigo mesmo", disse o advogado.
O padre Towle só concordou em depor depois de pedir o conselho da igreja. A arquidiocese de Nova York disse que seria apropriado contar a verdade.
Segredo da confissão é inviolável
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