Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
31/07/2001 - 16h06

Sérvio bósnio é condenado a 10 anos de prisão em Haia

Publicidade

da Deutsche Welle

O Tribunal Penal da ONU para a antiga Iugoslávia condenou hoje, em Haia, o antigo chefe de polícia Stevan Todorovic, de 43 anos anos, a dez anos de prisão por crimes contra a humanidade, cometidos na guerra da Bósnia, entre 1992 e 1995.

A sentença foi ditada sem um julgamento propriamente dito porque, depois de um acordo entre a Promotoria Pública e a defesa do réu, Todorovic se declarou culpado pela perseguição de bósnios muçulmanos. Ele foi condenado por participação em assassinatos e torturas de muçulmanos e croatas, na cidade de Bosanski Samac. Os juízes consideraram como atenuantes a confissão de culpa do réu e as revelações que ele fez contra outros acusados.

Como chefe de polícia, Todorovic presenciou, em 1992, espancamentos, estupros e assassinatos de prisioneiros, disse o juiz Patrick Robinson, ao justificar a sentença. Com isso, o sérvio bósnio cometeu crimes contra a humanidade.

No conflito, que levou à independência da Bósnia, os sérvios usaram o estupro de bósnias muçulmanas como arma de guerra, para desmoralizar o inimigo.

Como atenuante, os juízes consideram também que o réu se mostrou verdadeiramente arrependido de seus crimes. Além disso, sua confissão de culpa e cooperação teriam sido de grande ajuda para o Tribunal das Nações Unidas.

Todorovic é o terceiro réu na corte criada em 1993 que foi condenado com base em uma confissão de culpa, disse o juiz Robinson, acrescentando que sem isso a pena de prisão teria sido muito mais longa.

Leia mais no especial Iugoslávia
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade