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03/08/2001 - 17h47

EUA podem indiciar náufragos cubanos por homicídio

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da Reuters, em Miami

Agentes federais dos EUA estão analisando a possibilidade de indiciar por homicídio dois cubanos suspeitos de organizar uma viagem entre Cuba e a Flórida, que resultou no naufrágio do barco e na morte de pelo menos duas pessoas.

O acidente aconteceu na quarta-feira, em meio a uma tempestade no estreito da Flórida. Foram resgatadas 22 pessoas. Na noite de ontem, a Guarda Costeira suspendeu as buscas por uma mulher e três crianças desaparecidas, mas provavelmente mortas.

Os sobreviventes foram encaminhados na manhã de hoje à Patrulha de Fronteiras dos EUA em Key West. Dois deles foram considerados suspeitos e os outros "testemunhas materiais", segundo o porta-voz da Patrulha, Joe Melia.

Os agentes interrogaram os cubanos para decidir se indiciam ou não os dois suspeitos de organizar a viagem. "Obviamente temos mortes. Neste momento, estamos nos estágios muito preliminares da investigação", disse Melia. "Em casos trágicos como este, sempre há a possibilidade da pena de morte. É considerado assassinato."

Os investigadores suspeitam de tráfico humano, principalmente pela viagem ter sido feita no meio da noite, em um barco superlotado. Conversas com suspeitos, ainda a bordo do barco de resgate da Guarda Costeira, confirmam a hipótese.

Cubanos interceptados no mar normalmente são devolvidos à ilha comunista. Os EUA têm uma política conhecida como "pés secos/pés molhados". Ou seja, aqueles que conseguem pisar em território norte-americano recebem autorização para permanecer.

Mas Melia disse que todos os náufragos resgatados vão receber autorização para ficar nos EUA. "Eles estão em terra firme. Não importa como chegaram aqui, se o governo os trouxe ou eles conseguiram por conta própria. Eles estão aqui", afirmou.
 

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