Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
11/08/2001 - 12h14

Situação continua tensa e Macedônia quer ajuda da Otan e da UE

Publicidade

da France Presse, em Skopje (Macedônia)

A situação na Macedônia continua tensa hoje, 48 horas antes da assinatura de um acordo de paz entre macedônios e albaneses, enquanto Skopje pediu à Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte, aliança militar ocidental liderada pelos Estados Unidos) e à União Européia (UE) que atuem contra a guerrilha albanesa.

Ontem à noite, foi "relativa a calma na região" depois da morte de oito soldados macedônios na explosão durante o dia de duas minas antitanques próximo de um povoado ao Norte de Skopje, afirmou o porta-voz do Exército macedônio, Blagoja Markovski.

O balanço inicial do Ministério da Defesa indicava sete soldados mortos, mas hoje um oitavo morreu devido aos ferimentos, o que eleva o número de vítimas de explosões acidentais de minas.

Durante a noite, na região de Tetovo (nordeste), os rebeldes albaneses do Exército de Libertação Nacional, da Macedônia (UCK-M) violaram em sete ocasiões o frágil cessar-fogo concluído em separado, no dia 5 de julho.

Os rebeldes dispararam com armas automáticas nos arredores das localidades de Gajre, Dzepciste, Poroj, Lisec e Brodec, ao Norte e ao Oeste de Tetovo, mas as forças macedônias não responderam, afirmou.

Segundo os jornalistas que estão em Tetovo, não houve nenhum incidente no local e a situação é de uma "calma tensão" hoje.

Na região de Kumanovo (norte), onde a guerrilha também está solidamente implantada, escutou-se esta manhã rajadas de metralhadoras próximo da cidade de Nikustak, ocupada pela UCK-M, informou o porta-voz.

Reunido ontem à noite, o Conselho Nacional de Segurança (CNS), órgão que reúne os principais dirigentes macedônios, pronunciou-se a favor da "continuação de ações decididas (contra a UCK-M) com o objetivo de descartar as ameaças contra as forças de segurança e os cidadãos na Macedônia", afirmou num comunicado.

Por sua vez, o chefe da diplomacia macedônia, Ilinka Mitreva, pediu à comunidade internacional para atuar com firmeza contra a UCK-M, afirmando que a paciência da população macedônia está atingindo seus limites.

Mitreva avaliou que como os ataques da UCK-M contra as Forças macedônias continuam, "é evidente que os rebeldes não vão depor armas voluntariamente".

Graças à mediação internacional, os partidos macedônios e albaneses chegaram na quarta-feira (8) à noite em Ohrid (Sudoeste) a um acordo global de paz cuja assinatura, anunciada para segunda-feira (13), está ameaçada pela escalada da violência na região.

Leia mais no especial Bálcãs


 

Publicidade

Publicidade

Publicidade