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13/08/2001
-
12h31
da France Presse, em Skopje (Macedônia)
O acordo de paz entre macedônios eslavos e albaneses, que será assinado hoje em Skopje (capital da Macedônia), não teve seu conteúdo divulgado oficialmente ainda, mas refere-se de um modo geral ao estatuto da língua albanesa, à reforma policial e às emendas da Constituição macedônia.
O acordo global assinado no dia 8 de agosto em Ohrid (sudoeste da Macedônia) estipula que o albanês será a língua oficial nas regiões nas quais os albaneses representam pelo menos 20% da população, segundo fontes macedônias e albanesas.
No Parlamento, o uso do albanês será autorizado e as leis serão redigidas nos dois idiomas. O albanês é a língua materna de um quarto da população, espalhada ao longo das fronteiras com Kosovo, ao Norte, e com a Albânia, ao oeste.
O acordo sobre a reforma da polícia, que vai continuar completamente sob o controle do Ministério do Interior Macedônio, prevê o aumento de 23% do efetivo de origem albanesa daqui até 2003.
Atualmente, os policiais albaneses no seio das forças de ordem representam somente 3% do total dos efetivos. Cerca de 500 policiais albaneses serão contratados em 2002 e outros tantos em 2003, segundo as mesmas fontes.
Estes mil policiais representarão 23% do total das forças desta instituição, porcentagem que coincide com a cifra oficial da população de origem albanesa na Macedônia.
Outra concessão realizada pelos partidos macedônios eslavos envolve a nomeação dos chefes de polícia nas localidades povoadas principalmente por albaneses.
Os conselheiros terão o direito de "validar" as candidaturas propostas pelo Ministério do Interior. Os albaneses reclamam uma representação na polícia de acordo com o peso demográfico e a instauração de forças autônomas da polícia nas regiões nas quais são maioria.
Os macedônios, por sua vez, não aceitam "forças policiais separadas". Em relação às reformas a realizar na Constituição, segundo uma fonte albanesa, chegou-se a um acordo "muito complexo" para dar aos albanese um meio de se opor à adoção, contra sua vontade, no Parlamento, das leis que se referem à minoria albanesa.
A parte albanesa conseguiu que a universidade na língua albanesa de Tetovo fosse financiada "parcialmente" pelo Estado.
O acordo global também contém um documento sobre o desarmamento da guerrilha albanesa do Exército de Libertação Nacional da Macedônia (UCK-M) e uma anistia para os rebeldes que não cometeram crimes passíveis de serem julgados pelo Tribunal Internacional para a ex-Iugoslávia (TPI) de Haia.
O acordo de paz tem que ser firmado por quatro partidos, dois macedônios eslavos e dois albaneses, que formam a coalizão governamental e que participaram das negociações em Ohrid.
As formações políticas que participaram das negociações são: a Organização Revolucionária Interna da Macedônia-Partido Democrático para a Unidade Nacional Macedônia (VMRO-DPMNE), do primeiro-ministro macedônio Liubco Georgievski; a União Social Democrática da Macedônia (SDSM) de Branko Crvenkovski; o Partido da Democracia e Prosperidade (PDP, albanês) de Imer Imeri e do Partido Democrático Albanês (PDA) de Arben Khaferi.
A assinatura deste acordo deve colocar fim a seis meses de confrontos entre as forças governamentais e a guerrilha da UCK-M.
Este acordo vai abrir caminho para a chegada das tropas da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte, aliança militar ocidental liderada pelos Estados Unidos)> (Organização do Tratado do Atlântico Norte, aliança militar ocidental liderada pelos Estados Unidos) na Macedônia, cuja missão será supervisionar o desarmamento da guerrilha, sempre e quando os rebeldes aceitem depor as armas.
Leia mais no especial Bálcãs
Conheça as principais disposições do acordo de paz na Macedônia
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O acordo de paz entre macedônios eslavos e albaneses, que será assinado hoje em Skopje (capital da Macedônia), não teve seu conteúdo divulgado oficialmente ainda, mas refere-se de um modo geral ao estatuto da língua albanesa, à reforma policial e às emendas da Constituição macedônia.
O acordo global assinado no dia 8 de agosto em Ohrid (sudoeste da Macedônia) estipula que o albanês será a língua oficial nas regiões nas quais os albaneses representam pelo menos 20% da população, segundo fontes macedônias e albanesas.
No Parlamento, o uso do albanês será autorizado e as leis serão redigidas nos dois idiomas. O albanês é a língua materna de um quarto da população, espalhada ao longo das fronteiras com Kosovo, ao Norte, e com a Albânia, ao oeste.
O acordo sobre a reforma da polícia, que vai continuar completamente sob o controle do Ministério do Interior Macedônio, prevê o aumento de 23% do efetivo de origem albanesa daqui até 2003.
Atualmente, os policiais albaneses no seio das forças de ordem representam somente 3% do total dos efetivos. Cerca de 500 policiais albaneses serão contratados em 2002 e outros tantos em 2003, segundo as mesmas fontes.
Estes mil policiais representarão 23% do total das forças desta instituição, porcentagem que coincide com a cifra oficial da população de origem albanesa na Macedônia.
Outra concessão realizada pelos partidos macedônios eslavos envolve a nomeação dos chefes de polícia nas localidades povoadas principalmente por albaneses.
Os conselheiros terão o direito de "validar" as candidaturas propostas pelo Ministério do Interior. Os albaneses reclamam uma representação na polícia de acordo com o peso demográfico e a instauração de forças autônomas da polícia nas regiões nas quais são maioria.
Os macedônios, por sua vez, não aceitam "forças policiais separadas". Em relação às reformas a realizar na Constituição, segundo uma fonte albanesa, chegou-se a um acordo "muito complexo" para dar aos albanese um meio de se opor à adoção, contra sua vontade, no Parlamento, das leis que se referem à minoria albanesa.
A parte albanesa conseguiu que a universidade na língua albanesa de Tetovo fosse financiada "parcialmente" pelo Estado.
O acordo global também contém um documento sobre o desarmamento da guerrilha albanesa do Exército de Libertação Nacional da Macedônia (UCK-M) e uma anistia para os rebeldes que não cometeram crimes passíveis de serem julgados pelo Tribunal Internacional para a ex-Iugoslávia (TPI) de Haia.
O acordo de paz tem que ser firmado por quatro partidos, dois macedônios eslavos e dois albaneses, que formam a coalizão governamental e que participaram das negociações em Ohrid.
As formações políticas que participaram das negociações são: a Organização Revolucionária Interna da Macedônia-Partido Democrático para a Unidade Nacional Macedônia (VMRO-DPMNE), do primeiro-ministro macedônio Liubco Georgievski; a União Social Democrática da Macedônia (SDSM) de Branko Crvenkovski; o Partido da Democracia e Prosperidade (PDP, albanês) de Imer Imeri e do Partido Democrático Albanês (PDA) de Arben Khaferi.
A assinatura deste acordo deve colocar fim a seis meses de confrontos entre as forças governamentais e a guerrilha da UCK-M.
Este acordo vai abrir caminho para a chegada das tropas da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte, aliança militar ocidental liderada pelos Estados Unidos)> (Organização do Tratado do Atlântico Norte, aliança militar ocidental liderada pelos Estados Unidos) na Macedônia, cuja missão será supervisionar o desarmamento da guerrilha, sempre e quando os rebeldes aceitem depor as armas.
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