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16/08/2001 - 10h56

Otan começa missão delicada na Macedônia

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da France Presse, em Skopje (Macedônia)

A estabilidade do cessar-fogo na Macedônia era uma das principais dúvidas hoje, antes da chegada dos primeiros elementos de uma força da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte, aliança militar ocidental liderada pelos Estados Unidos) encarregada de supervisionar o desarmamento voluntário do Exército de Libertação Nacional (UCK) albanês.

Todos os dias acontecem confrontos entre os rebeldes albaneses e as forças macedônias, violando constantemente o cessar-fogo firmado em separado no dia 5 de julho, sob assistência da Otan.

Entretanto o porta-voz do Ministério da Defesa macedônio, Marjan Gjurovski, avaliou que a noite foi "bem mais pacífica" em todo país. Os últimos incidentes aconteceram 24 horas antes da chegada dos primeiros efetivos das forças da Otan.

Em Bruxelas (capital da Bélgica), a Aliança Atlântica decidiu criar um quartel general da operação, assim como enviar um primeiro grupo de 400 soldados britânicos. Um porta-voz da Otan em Skopje (capital da Macedônia) afirmou que a operação, em seu conjunto, não recebeu a autorização do conselho da Otan.

"Trata-se de um acordo segundo o qual elementos do comando e do controle podem se movimentar", declarou.

No total, 3.500 soldados da Aliança Atlântica irão à Macedônia para supervisionar a entrega das armas do UCK. Uma fonte ocidental em Skopje avaliou que os rebeldes vão entregar "entre 2.300 e 2.500 armas" durante a operação, chamada de "coleta essencial", com duração prevista para 30 dias.

As forças da Otan poderão se defender se forem atacadas e prender pessoas que representam uma ameaça para sua missão, declarou ontem o ministro das Relações Exteriores macedônio, Ilinka Mitreva.

A presidência macedônia também ofereceu uma anistia aos rebeldes da UCK que entregarem suas armas. A anistia não diz respeito a quem cometeu crimes passíveis de julgamento pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) para a ex-Iugoslávia ou em violação à Convenção de Genebra de 1949.

Os riscos que os soldados da Otan correm, no entanto, não foram totalmente eliminados, mesmo que o UCK tenha aceito entregar suas armas e as autoridades macedônias tenham aprovado o estatuto e o mandato das forças da Otan.

Também se ignora a atitude e a capacidade do Exército Nacional Albanês (AKSH) de colocar obstáculos à operação da Otan.


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