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04/09/2001 - 13h52

Plano de imigração ameaça crise no gabinete alemão

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da Deutsche Welle, em Berlim

A rejeição do projeto de imigração do ministro do Interior, Otto Schily, pelo Partido Verde gerou turbulência na coalizão de governo da Alemanha. Um grupo de trabalho das duas agremiações governistas -o verde e o social-democrata (SPD) reuniu-se hoje às pressas, em Berlim, para discutir os pontos divergentes.

O premiê Gerhard Schröder convocou as duas agremiações para uma conferência na quinta-feira (6) a fim de deliberar sobre medidas que garantam a aprovação de uma política de imigração por ampla maioria nas Câmaras Baixa (Bundestag) e alta (Bundesrat) do Legislativo.

Por motivos diferentes, o Partido Verde governista e a União Social-Cristã (CSU) de oposição conservadora rejeitam a proposta do ministro do Interior. Enquanto os verdes apontam limitações demasiadas, especialmente em questões humanitárias, os social-cristãos dizem que, em vez de limitar, o projeto amplia demais a imigração.

O SPD presidido pelo chefe de governo não dispõe de maioria para aprovar o projeto em nenhuma das câmaras legislativas.

Em virtude das posições antagônicas, o perito dos verdes para questões de política interna, o deputado de origem turca Cem Özdemir, constatou a impossibilidade de um amplo consenso.

O maior partido de oposição, a União Democrata-Cristã (CDU), ofereceu apoio ao governo, mas ponderou que o primeiro passo tem de ser uma sintonia na coalizão governamental e que a iniciativa do ministro do Interior se torne um projeto de todo o gabinete.

Pouco antes de começar as negociações da coalizão de governo sobre uma lei para atender as necessidades de mão-de-obra especializada na Alemanha, o Partido Verde, governista, rejeitou ontem, de forma categórica, a proposta do ministro Schily.

Entre outras falhas, a presidenta do partido, Claudia Roth, citou a falta de reconhecimento da perseguição não estatal como motivo para concessão de asilo político a estrangeiros na Alemanha.

O gabinete quer a aprovação da lei antes da eleição para o Parlamento e o governo, dentro de um ano, para evitar que uma exploração do tema na campanha eleitoral estimule ações da extrema direita contra estrangeiros. Imigração é uma questão muito delicada e explosiva no país com mais de 7,3 milhões de estrangeiros e uma minoria de xenófobos violentos.
 

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