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12/09/2001
-
17h50
da France Presse, em Washington
Depois de apenas oito meses no poder, o presidente norte-americano George W. Bush vê-se confrontado com uma crise sem precedentes que mergulhou os Estados Unidos no luto, na cólera e no desejo de vingança, fatores esses que pesarão gravemente sobre o futuro de seu governo.
Ansioso por demonstrar ao país e ao restante do mundo que, apesar do alcance dos ataques terroristas, as instituições norte-americanas continuam sólidas e que ele permanecerá com mãos firmes no comando, Bush retomou publicamente a palavra na manhã de hoje, na Casa Branca.
Afirmou que suas duas preocupações imediatas são a guerra sem trégua e sem compaixão contra os responsáveis pelos atentados e fazer todo o possível para ajudar as vítimas e suas famílias, assim como as cidades de Nova York e Washington.
Ao tirar as primeiras conclusões desta crise, o conjunto da classe política e dos meios de comunicação estimam que não apenas foi destruído o World Trade Center e danificado severamente o Pentágono, mas que os atentados terão também uma influência notável nos próximos meses sobre a política e a economia do país.
Bush qualificou os ataques como "atos de guerra (...) não apenas contra nosso povo, mas contra todos os povos do mundo que valorizam a liberdade", ao falar depois de uma nova reunião de trabalho -a terceira em menos de 24 horas- com membros de seu Conselho de Segurança Nacional.
"Enfrentamos um inimigo que se esconde, mas que não poderá ocultar-se para sempre e não estará para sempre seguro", disse Bush, prometendo conseguir o apoio do resto do mundo e mostrar "a paciência e a determinação necessárias para vencer este inimigo".
Bush informou que solicitará ao Congresso -recebeu os líderes por volta do meio-dia- fundos de emergência destinados a "responder à tragédia e garantir a segurança nacional".
Ante a crise, os congressistas destacaram a intenção de colaborar. Os democratas calarão -pelo menos imediatamente- suas críticas contra a política econômica e fiscal de Bush.
Mas mesmo a união sagrada no Congresso não evitará ao presidente os novos riscos econômicos, num momento em que o crescimento praticamente se deteve e os excedentes orçamentários se reduziram a quase nada, com exceção dos provenientes dos fundos de pensão, em princípio intocáveis.
Numerosos analistas financeiros como Sung Won Sohn, do banco Wells Fargo, estimam que a crise aumentará o risco de recessão.
A Casa Branca começou a preparar terreno para um eventual uso dos excedentes dos fundos de pensão. "O que acaba de ocorrer reflete perfeitamente a definição de situação de emergência grave", disse porta-voz da Casa Branca, Ari Fleischer.
Bush havia dito recentemente que somente a guerra, a recessão ou uma crise grave o levaria a usar esses excedentes.
Especialistas e comentaristas políticos estimam também que os ataques provocarão mudanças na política externa e na estratégia de defesa norte-americanas.
"A crise dará oportunidade de reexaminar profundamente as atividades de inteligência e defesa", destacou o editorial da edição de hoje do jornal The New York Times.
"A terrível lição a ser tirada do dia 11 de setembro é que as medidas tomadas até agora contra o terrorismo não foram suficientes", afirmou The Washington Post, outro jornal norte-americano.
Leia mais no especial sobre atentados nos EUA
Atentados poderão abalar futuro do governo de George W. Bush
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Depois de apenas oito meses no poder, o presidente norte-americano George W. Bush vê-se confrontado com uma crise sem precedentes que mergulhou os Estados Unidos no luto, na cólera e no desejo de vingança, fatores esses que pesarão gravemente sobre o futuro de seu governo.
Ansioso por demonstrar ao país e ao restante do mundo que, apesar do alcance dos ataques terroristas, as instituições norte-americanas continuam sólidas e que ele permanecerá com mãos firmes no comando, Bush retomou publicamente a palavra na manhã de hoje, na Casa Branca.
Afirmou que suas duas preocupações imediatas são a guerra sem trégua e sem compaixão contra os responsáveis pelos atentados e fazer todo o possível para ajudar as vítimas e suas famílias, assim como as cidades de Nova York e Washington.
Ao tirar as primeiras conclusões desta crise, o conjunto da classe política e dos meios de comunicação estimam que não apenas foi destruído o World Trade Center e danificado severamente o Pentágono, mas que os atentados terão também uma influência notável nos próximos meses sobre a política e a economia do país.
Bush qualificou os ataques como "atos de guerra (...) não apenas contra nosso povo, mas contra todos os povos do mundo que valorizam a liberdade", ao falar depois de uma nova reunião de trabalho -a terceira em menos de 24 horas- com membros de seu Conselho de Segurança Nacional.
"Enfrentamos um inimigo que se esconde, mas que não poderá ocultar-se para sempre e não estará para sempre seguro", disse Bush, prometendo conseguir o apoio do resto do mundo e mostrar "a paciência e a determinação necessárias para vencer este inimigo".
Bush informou que solicitará ao Congresso -recebeu os líderes por volta do meio-dia- fundos de emergência destinados a "responder à tragédia e garantir a segurança nacional".
Ante a crise, os congressistas destacaram a intenção de colaborar. Os democratas calarão -pelo menos imediatamente- suas críticas contra a política econômica e fiscal de Bush.
Mas mesmo a união sagrada no Congresso não evitará ao presidente os novos riscos econômicos, num momento em que o crescimento praticamente se deteve e os excedentes orçamentários se reduziram a quase nada, com exceção dos provenientes dos fundos de pensão, em princípio intocáveis.
Numerosos analistas financeiros como Sung Won Sohn, do banco Wells Fargo, estimam que a crise aumentará o risco de recessão.
A Casa Branca começou a preparar terreno para um eventual uso dos excedentes dos fundos de pensão. "O que acaba de ocorrer reflete perfeitamente a definição de situação de emergência grave", disse porta-voz da Casa Branca, Ari Fleischer.
Bush havia dito recentemente que somente a guerra, a recessão ou uma crise grave o levaria a usar esses excedentes.
Especialistas e comentaristas políticos estimam também que os ataques provocarão mudanças na política externa e na estratégia de defesa norte-americanas.
"A crise dará oportunidade de reexaminar profundamente as atividades de inteligência e defesa", destacou o editorial da edição de hoje do jornal The New York Times.
"A terrível lição a ser tirada do dia 11 de setembro é que as medidas tomadas até agora contra o terrorismo não foram suficientes", afirmou The Washington Post, outro jornal norte-americano.
Leia mais no especial sobre atentados nos EUA
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