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14/09/2001 - 03h01

Dois sequestrados avisaram que morreriam lutando em vôo da United

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JODI WILGOREN
EDWARD WONG

do "The New York Times"

Dois passageiros do vôo 93 da United Airlines, sequestrado, ligaram para suas mulheres para lhes dizer que morreriam lutando. Em uma série de telefonemas de celulares, os dois americanos que estavam a bordo do avião souberam do atentado ao World Trade Center e provocaram a queda da aeronave no interior da Pensilvânia. A 35 mil pés de altitude, eles informaram detalhes do sequestro à polícia.

Eles resolveram enfrentar o inimigo para tentar impedir a morte dos demais, mesmo que não pudessem salvar suas próprias vidas.

Lyzbeth Glick, 31, de Hewitt, Nova Jersey, disse que seu marido, Jeremy, contou-lhe que três ou quatro homens grandes do vôo que ia de Newark para San Francisco fariam uma votação para determinar o que iriam fazer e brincou dizendo que alguém aventou a possibilidade de ameaçar os sequestradores com as facas de plástico do café-da-manhã.

Lyzbeth afirmou que seu marido contou-lhe que a aeronave foi tomada por "três pessoas que pareciam árabes com bandanas vermelhas na cabeça", carregando facas e falando de uma bomba.

"Ele foi um herói pelo que fez, mas foi também um herói para mim, pedindo que eu não ficasse triste, que tomasse conta de nossa filha e que estaria sempre a meu lado em qualquer decisão que eu tomasse", disse Lyzbeth.

"Ele me falou "eu te amo, fique na linha", mas eu não consegui e passei o telefone para o meu pai. Não sei o que aconteceu então".

Thomas Burnett Jr., executivo de uma companhia de aparelhos médicos de San Francisco, ligou do avião para sua mulher e disse que um passageiro já havia sido morto a facadas, mas que o grupo estava determinado a tirar a aeronave da mão dos sequestradores.

"Eu pedi para ele se sentar e não chamar a atenção. Mas ele disse "não, não, se eles querem derrubar isso nós temos de fazer alguma coisa" e desligou o telefone", disse sua mulher, Deena.

Depois de dizer essas palavras Brunnet desligou o telefone e não ligou de volta.

Leia mais no especial sobre atentados nos EUA
 

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