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14/09/2001
-
12h04
da Folha Online
O Senado dos EUA aprovou uma resolução que concede ao presidente George W. Bush o direito de usar "toda força militar necessária e apropriada" para revidar aos atentados terroristas.
A resolução foi por todos os 98 senadores presentes. A Câmara de Representantes também deve se pronunciar sobre esse tema nas próximas horas.
O texto da resolução diz o seguinte:
"O presidente está autorizado a usar toda a força necessária e apropriada contra aquelas nações, organizações ou pessoas que planejaram, autorizaram, cometeram ou ajudaram os atentados terroristas de 11 de setembro".
O Afeganistão teme um eventual ataque dos EUA em represália aos atentados de terça-feira. O país já se prepara para uma possível ofensiva militar americana.
"Estamos dispostos a pagar qualquer preço para nos defendermos e utilizar todos os meios para nos vingarmos", disse hoje em Candahar (sul do país) Abdul Hai Mutmaen, porta-voz do líder supremo do Taleban (o mulah Mohammad Omar.
População apóia ataque
Uma pesquisa divulgada hoje pelo jornal "The Washington Post" revela que 85% da população dos EUA apóia uma ação militar contra o Afeganistão caso o país não entregue o terrorista Osama bin Laden que está no país.
O embaixador do Taleban no Paquistão, Salam Zaeef, fez um apelo aos EUA para que não recorram a operações militares. "Condenamos esse ato terrorista e os culpados devem ser julgados", afirmou.
O regime Taleban (veja especial), que controla 90% do território do Afeganistão desde 1998 e impôs um regime marcado pelo extremismo e pelo conservadorismo, afirmou ao governo dos EUA que entregaria o terrorista Osama bin Laden a um tribunal islâmico, caso sejam apresentadas provas de seu envolvimento com os atentados. Bin Laden tem atualmente proteção do Afeganistão.
Entretanto, o Taleban vem negando que Bin Laden tenha qualquer participação nos ataques. "Foi uma operação complexa e sofisticada e ninguém pode saber quem esteve por trás dela", afirmou Zaeef. "No Afeganistão esse tipo de operação é impossível. Todos os meios de comunicação foram retirados de Osama, como fax, internet e telefones via satélite. [Ele] não pode manter contato com o mundo exterior."
O clima no país é de pânico, pelo temor de um ataque surpresa de forças militares dos EUA. Segundo informou a agência de notícias russa "IRA", o Taleban determinou o fechamento das fronteiras do país. A maioria dos jornalistas e funcionários de organizações internacionais que trabalhavam na capital do Afeganistão (Cabul) já abandonaram a cidade.
As Nações Unidas e as agências humanitárias presentes no Afeganistão intensificaram a retirada de seus funcionários estrangeiros do país.
O Programa Mundial de Alimentação e o Comitê Internacional da Cruz Vermelha, que suspenderam temporariamente suas operações, afirmaram temer não apenas uma "chuva de bombas" como também eventuais represálias da população afegã.
Segundo fontes militares citadas pelo diário norte-americano "The Washington Post", ao menos cinco opções de bombardeio ao Afeganistão estavam sendo analisadas, incluindo o lançamento de mísseis e a ação de tropas de elite.
Paquistão
O governo dos Estados Unidos cobrou uma posição clara do Paquistão no combate ao terrorismo. Os americanos querem que o país feche a frontiera com o Afeganistão e colabore com informações de seu serviço secreto sobre as instalações de Bin Laden. O Paquistão tem sido nos últimos anos um dos pucos países que reconhece oficialmente o Taleban.
O secretário de Estado, Colin Powell, conversou pessoalmente por telefone com o presidente do Paquistão, Pervez Musharraf, e sua conversa teria sido "positiva", segundo o porta-voz do Departamento de Estado, Richard Boucher. O sub-secretário de Estado, Richard Armitage, se reuniu hoje com o embaixador do Paquistão em Washington a quem entregou uma "lista de ações concretas que os EUA esperam em apoio aos esforços na luta contra o terrorismo".
Sequestradores indentificados
O FBI (polícia federal dos EUA) já identificou 19 possíveis sequestradores. Eles são acusados de ter desviado os quatro vôos comerciais usados nos ataques terroristas de terça-feira (11) contra o World Trade Center, em Nova York, e contra o Pentágono, em Washington. Veja a nova lista:
Leia mais no especial sobre atentados nos EUA
Leia mais sobre os reflexos do terrorismo na economia
Senado autoriza Bush a usar força militar e convocar reservistas
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O Senado dos EUA aprovou uma resolução que concede ao presidente George W. Bush o direito de usar "toda força militar necessária e apropriada" para revidar aos atentados terroristas.
A resolução foi por todos os 98 senadores presentes. A Câmara de Representantes também deve se pronunciar sobre esse tema nas próximas horas.
O texto da resolução diz o seguinte:
"O presidente está autorizado a usar toda a força necessária e apropriada contra aquelas nações, organizações ou pessoas que planejaram, autorizaram, cometeram ou ajudaram os atentados terroristas de 11 de setembro".
O Afeganistão teme um eventual ataque dos EUA em represália aos atentados de terça-feira. O país já se prepara para uma possível ofensiva militar americana.
"Estamos dispostos a pagar qualquer preço para nos defendermos e utilizar todos os meios para nos vingarmos", disse hoje em Candahar (sul do país) Abdul Hai Mutmaen, porta-voz do líder supremo do Taleban (o mulah Mohammad Omar.
População apóia ataque
Uma pesquisa divulgada hoje pelo jornal "The Washington Post" revela que 85% da população dos EUA apóia uma ação militar contra o Afeganistão caso o país não entregue o terrorista Osama bin Laden que está no país.
O embaixador do Taleban no Paquistão, Salam Zaeef, fez um apelo aos EUA para que não recorram a operações militares. "Condenamos esse ato terrorista e os culpados devem ser julgados", afirmou.
O regime Taleban (veja especial), que controla 90% do território do Afeganistão desde 1998 e impôs um regime marcado pelo extremismo e pelo conservadorismo, afirmou ao governo dos EUA que entregaria o terrorista Osama bin Laden a um tribunal islâmico, caso sejam apresentadas provas de seu envolvimento com os atentados. Bin Laden tem atualmente proteção do Afeganistão.
Entretanto, o Taleban vem negando que Bin Laden tenha qualquer participação nos ataques. "Foi uma operação complexa e sofisticada e ninguém pode saber quem esteve por trás dela", afirmou Zaeef. "No Afeganistão esse tipo de operação é impossível. Todos os meios de comunicação foram retirados de Osama, como fax, internet e telefones via satélite. [Ele] não pode manter contato com o mundo exterior."
O clima no país é de pânico, pelo temor de um ataque surpresa de forças militares dos EUA. Segundo informou a agência de notícias russa "IRA", o Taleban determinou o fechamento das fronteiras do país. A maioria dos jornalistas e funcionários de organizações internacionais que trabalhavam na capital do Afeganistão (Cabul) já abandonaram a cidade.
As Nações Unidas e as agências humanitárias presentes no Afeganistão intensificaram a retirada de seus funcionários estrangeiros do país.
O Programa Mundial de Alimentação e o Comitê Internacional da Cruz Vermelha, que suspenderam temporariamente suas operações, afirmaram temer não apenas uma "chuva de bombas" como também eventuais represálias da população afegã.
Segundo fontes militares citadas pelo diário norte-americano "The Washington Post", ao menos cinco opções de bombardeio ao Afeganistão estavam sendo analisadas, incluindo o lançamento de mísseis e a ação de tropas de elite.
Paquistão
O governo dos Estados Unidos cobrou uma posição clara do Paquistão no combate ao terrorismo. Os americanos querem que o país feche a frontiera com o Afeganistão e colabore com informações de seu serviço secreto sobre as instalações de Bin Laden. O Paquistão tem sido nos últimos anos um dos pucos países que reconhece oficialmente o Taleban.
O secretário de Estado, Colin Powell, conversou pessoalmente por telefone com o presidente do Paquistão, Pervez Musharraf, e sua conversa teria sido "positiva", segundo o porta-voz do Departamento de Estado, Richard Boucher. O sub-secretário de Estado, Richard Armitage, se reuniu hoje com o embaixador do Paquistão em Washington a quem entregou uma "lista de ações concretas que os EUA esperam em apoio aos esforços na luta contra o terrorismo".
Sequestradores indentificados
O FBI (polícia federal dos EUA) já identificou 19 possíveis sequestradores. Eles são acusados de ter desviado os quatro vôos comerciais usados nos ataques terroristas de terça-feira (11) contra o World Trade Center, em Nova York, e contra o Pentágono, em Washington. Veja a nova lista:
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