28/06/2000 - 18h55

Clinton fica feliz com o retorno de Elián a Cuba

da Reuters
em Washington (EUA)

O presidente Bill Clinton alegrou-se nesta quarta-feira (28) pelo desenlace do caso Elián González, embora tenha dito, sorrindo, que não ficaria triste se Juan Miguel González tivesse decidido ficar com sua família nos Estados Unidos.

Durante uma coletiva à imprensa, Clinton foi indagado sobre a decisão da
Suprema Corte, no sentido de recusar o pedido dos familiares de Elián em
Miami, que haviam solicitado asilo político para o menor. "Bem, se ele e seu pai tivessem decidido ficar aqui, isto estaria bem para
mim", respondeu o presidente, com um largo sorriso.

Logo depois, em tom mais sério, acrescentou que o mais importante é que
Juan Miguel González "foi julgado por gente que fez um esforço honesto para determinar se ele era um bom pai, um pai carinhoso, comprometido com o bem-estar de seu filho", e acrescentou, "nós defendemos aquilo que tanto eu como a lei dos Estados Unidos consideramos um princípio muito importante".

O presidente afirmou que "naturalmente eu desejava que este caso terminasse de uma forma menos dramática, mas as opções não eram muitas".

O departamento de Justiça foi criticado, no final de abril, por ter
ordenado que policiais armados tenham ido até a casado tio-avô de Elián,
Lázaro González, em Miami, para tomar-lhe à força o menino, a fim de
entregá-lo a seu pai.

Elián estava aos cuidados de Lázaro González desde o seu resgate do mar, no final de novembro, mas o tio-avô negou-se a entregá-lo a seu pai, que queria voltar com ele a Cuba, e tentou sem sucesso que os tribunais norte-americanos concedessem asilo político ao menor.

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