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15/09/2001 - 11h25

"Estamos em guerra", diz George W. Bush

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da Folha Online

O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, fez hoje um pronunciamento à nação pelo rádio e concedeu entrevista na qual disse que "a América está em um novo estado de guerra" e pediu para que os americanos "estejam prontos" para um conflito.

"Peço que os americanos tenham paciência e força porque o conflito não vai ser curto ou fácil", disse o presidente. "Essas pessoas declararam guerra contra nós e nós vamos nos dedicar a ganhar essa guerra", afirmou. "Todos que usam uniformes devem estar preparados."

Bush disse que não há dúvidas sobre a responsabilidade de Osama bin Laden nestes atentados. "Se ele pensa que pode se esconder, está equivocado. Nós vamos achar quem fez isso, nós vamos tirá-los de seus esconderijos, vamos colocá-los para correr e vamos trazê-los à Justiça", disse.

O milionário saudita estaria abrigado no Afeganistão. Bush também responsabilizou "aqueles que abrigaram e alimentaram" os terroristas que teriam atacado Nova York e Washington na última terça-feira (11).

Bush pediu que as pessoas voltem ao trabalho na segunda-feira e que os "times de beisebol voltem a jogar". "É importante que a vida volte à normalidade, mas o governo estará alerta. Espero que os americanos não tenham que fazer muitos sacrifícios."

O presidente está em Camp David reunido com assessores para discutir uma estratégia para uma represália aos atentados.

Sinais de guerra

Desde o dia em que os EUA sofreram os atentados terroristas o governo norte-americano vem dando sinais de que a reação aos ataques seria uma guerra.

Enquanto o país ainda assimilava o que tinha acontecido, Bush declarou que os terroristas "vão sofrer as consequências por ter atacado esse país".

No dia seguinte (12), o secretário de Estado, Colin Powell, anunciou que os EUA responderiam ao atentado "como se estivesse em guerra". Ele declarou: "O povo norte-americano possui um entendimento claro de que isso é uma guerra. É assim que vemos isso. Não se pode encarar isso de outra forma, seja isso legalmente correto ou não".

O secretário anunciou depois depois que o milionário saudita Osama bin Laden era o principal suspeito dos atentados. Os EUA solicitaram que o Afeganistão, que acolhe o guerrilheiro, o entragasse. O Taleban, que controla o país, anunciou que só o faria quando houvesse provas de envolvimento.

Bush declarou que considerava os ataques como "atos de guerra" e que os EUA iriam revidar. Ao mesmo tempo, o subsecretário da Defesa, Paul Wolfowitz, anunciava que "não se trata apenas de capturar esta gente, mas de eliminar os santuários _acabar com todos os Estados que patrocinam os terroristas e o terrorismo".

Na madrugada de ontem, o Congresso aprovou uma verba extra de US$ 40 bilhões para a reconstrução do país e para o aumento da segurança. Durante o dia, o presidente recebeu autorização dos lesgisladores para usar "toda a força necessária e apropriada contra aquelas nações, organizações ou pessoas que planejaram, autorizaram, cometeram ou ajudaram os atentados terroristas de 11 de setembro".

Em ceriônia pelas vítimas em Washington o presidente invocou a força norte-americana. "Este conflito começou no momento e em termos determinados por outros. Vai terminar da maneira que nós decidirmos." O desempenho do presidente diante da crise é aprovado por 86% da população, que também apóia ações de retaliação, segundo pesquisa.

Depois de visitar os escombros do World Trade Center em Nova York, Bush anunciou que iria para Camp David, a casa de campo da presidência, se reunir com ministros e conselheiros durante o final de semana para definir como será o contra-ataque.

A definição, que aparentemente só seria anunciada na segunda-feira, teve uma prévia hoje, quando Bush declarou: "Estamos em guerra".

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