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16/09/2001
-
12h18
15/09/2001
Os aviões sequestrados atingiram Nova York, Washington e o interior da Pensilvânia, mas os efeitos dessa crise sem precedentes se farão sentir no mundo inteiro, em especial no Oriente Médio.
Iasser Arafat, o presidente da Autoridade Nacional Palestina, condenou com veemência o ataque. Mais: doou sangue para as vítimas do atentado. Isso não o impedirá, contudo, de sair perdendo preciosos pontos.
Com ou sem o repúdio de Arafat, todos os indícios sugerem que os ataques tenham sido obra de extremistas islâmicos. Para uma parcela significativa da opinião pública norte-americana e mesmo da mundial, os palestinos de alguma forma se relacionam com o ataque. Essa é uma visão distorcida e com contornos racistas, mas seria ingenuidade tentar negar a sua existência.
De resto, alguns palestinos, notadamente nos territórios ocupados e no Líbano, comemoraram o atentado, o que ajuda a compor a falsa imagem de que esse povo está profundamente envolvido com o terrorismo. A esmagadora maioria dos palestinos, como a esmagadora maioria dos seres humanos, condena com vigor crimes dessa natureza.
Quem sai ganhando, obviamente, é Israel. As violentas ações do governo do primeiro-ministro Ariel Sharon contra os palestinos passam a parecer mais justificáveis. Foram até intensificadas nos últimos dias. Na interpretação racista que agora tende a prevalecer, disparates como "essa é a única maneira de lidar com árabes" ganham aceitação internacional.
De certo modo, a liderança palestina pagará agora o preço por não ter condenado com veemência atentados anteriores. Pior, no início da nova Intifada, há cerca de um ano, Arafat esvaziou as prisões palestinas, que estavam repletas de terroristas. Ele próprio já defendeu, no passado, a luta armada contra Israel.
Se os responsáveis pela ação terrorista nos EUA esperavam ajudar a causa palestina, obtiveram efeito exatamente contrário.
Leia mais no especial sobre atentados nos EUA
Editorial: Pela culatra
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Os aviões sequestrados atingiram Nova York, Washington e o interior da Pensilvânia, mas os efeitos dessa crise sem precedentes se farão sentir no mundo inteiro, em especial no Oriente Médio.
Iasser Arafat, o presidente da Autoridade Nacional Palestina, condenou com veemência o ataque. Mais: doou sangue para as vítimas do atentado. Isso não o impedirá, contudo, de sair perdendo preciosos pontos.
Com ou sem o repúdio de Arafat, todos os indícios sugerem que os ataques tenham sido obra de extremistas islâmicos. Para uma parcela significativa da opinião pública norte-americana e mesmo da mundial, os palestinos de alguma forma se relacionam com o ataque. Essa é uma visão distorcida e com contornos racistas, mas seria ingenuidade tentar negar a sua existência.
De resto, alguns palestinos, notadamente nos territórios ocupados e no Líbano, comemoraram o atentado, o que ajuda a compor a falsa imagem de que esse povo está profundamente envolvido com o terrorismo. A esmagadora maioria dos palestinos, como a esmagadora maioria dos seres humanos, condena com vigor crimes dessa natureza.
Quem sai ganhando, obviamente, é Israel. As violentas ações do governo do primeiro-ministro Ariel Sharon contra os palestinos passam a parecer mais justificáveis. Foram até intensificadas nos últimos dias. Na interpretação racista que agora tende a prevalecer, disparates como "essa é a única maneira de lidar com árabes" ganham aceitação internacional.
De certo modo, a liderança palestina pagará agora o preço por não ter condenado com veemência atentados anteriores. Pior, no início da nova Intifada, há cerca de um ano, Arafat esvaziou as prisões palestinas, que estavam repletas de terroristas. Ele próprio já defendeu, no passado, a luta armada contra Israel.
Se os responsáveis pela ação terrorista nos EUA esperavam ajudar a causa palestina, obtiveram efeito exatamente contrário.
Leia mais no especial sobre atentados nos EUA
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