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17/09/2001
-
16h23
da Folha Online
Não há muita informação sobre mullah Mohamad Omar, líder supremo do Taleban (grupo islâmico que controla 90% do território do Afeganistão desde 1998 e impôs um regime marcado pelo extremismo e pelo conservadorismo), mas sabe-se que que ele nasceu em 1962, em uma família pobre de lavradores, na cidade de Uruzgan, no Afeganistão.
Omar queria estudar o Alcorão (livro sagrado islâmico), mas a guerra contra a Rússia interrompeu seus estudos. Ficou ferido quatro vezes durante tiroteios e, em uma dessas ocasiões, acabou perdendo o olho esquerdo.
Sua verdadeira ascensão ocorreu em 1994, quando se desintegrou a aliança anti-soviética, que recebeu apoio militar dos EUA no período da Guerra Fria.
Seus combatentes talebans, apoiados também pelo país vizinho Paquistão, apoderaram-se de Cabul (capital do Afeganistão) em 1996 e controlam agora mais de 90% do país.
Apesar de seu poder, sabe-se pouco deste homem que teria menos de 40 anos e que deixou a responsabilidade de manter praticamente todos os contatos externos ao seu ministro das Relações Exteriores, Wakil Ahmad Muttawakil.
Educado em escolas religiosas muçulmanas -que abandonou para ir combater os soviéticos e para lançar um movimento islâmico extremista no sul do Afeganistão-, vive modestamente, qualificando-se de servidor do Islã, presidindo reuniões deitado em sua cama e dando instruções escritas em pequenos pedaços de papel.
Embora existam numerosos islamitas que apóiam suas posições, Omar ganhou o repúdio internacional a ponto de seu país não ser reconhecido pela OCI (Organização da Conferência Islâmica).
Omar é conhecido por fazer uso de sua retórica para ameaçar o Ocidente. "Conhecerão terremotos e tornados do todo poderoso Alá e, em seguida, serão surpreendidos com o que lhes acontecerá", afirmou ele em 1999, quando o Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) aplicou sanções ao Afeganistão por se negar a extraditar o terrorista Osama bin Laden.
O mesmo vocabulário pode ser usado hoje em uma reunião em Cabul de "mil sábios e eruditos do Islã", vindos de todas as Províncias do país, convocados por Omar, para estudar a promulgação da Jihad (guerra santa em árabe) contra EUA.
Sua recusa a entregar seu "hóspede" Bin Laden (principal suspeito dos atentados contra os EUA do dia 11 de setembro) aos americanos o fez ganhar o apoio e a admiração dos islamitas mais extremos, mas mantém no isolamento internacional seus país, atualmente assolado pela seca e por disputas territoriais.
Seus laços com Bin Laden se estreitaram depois Omar que se casou em 1998 com uma filha do multimilionário de origem saudita. Mais tarde, Bin Laden tomou como quarta esposa uma das netas de Omar.
Leia mais no especial sobre atentados nos EUA
Leia mais no especial sobre Taleban
Leia mais no especial sobre Paquistão
Veja o perfil do mullah Mohamad Omar, líder supremo do Taleban
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Não há muita informação sobre mullah Mohamad Omar, líder supremo do Taleban (grupo islâmico que controla 90% do território do Afeganistão desde 1998 e impôs um regime marcado pelo extremismo e pelo conservadorismo), mas sabe-se que que ele nasceu em 1962, em uma família pobre de lavradores, na cidade de Uruzgan, no Afeganistão.
Omar queria estudar o Alcorão (livro sagrado islâmico), mas a guerra contra a Rússia interrompeu seus estudos. Ficou ferido quatro vezes durante tiroteios e, em uma dessas ocasiões, acabou perdendo o olho esquerdo.
Sua verdadeira ascensão ocorreu em 1994, quando se desintegrou a aliança anti-soviética, que recebeu apoio militar dos EUA no período da Guerra Fria.
Seus combatentes talebans, apoiados também pelo país vizinho Paquistão, apoderaram-se de Cabul (capital do Afeganistão) em 1996 e controlam agora mais de 90% do país.
Apesar de seu poder, sabe-se pouco deste homem que teria menos de 40 anos e que deixou a responsabilidade de manter praticamente todos os contatos externos ao seu ministro das Relações Exteriores, Wakil Ahmad Muttawakil.
Educado em escolas religiosas muçulmanas -que abandonou para ir combater os soviéticos e para lançar um movimento islâmico extremista no sul do Afeganistão-, vive modestamente, qualificando-se de servidor do Islã, presidindo reuniões deitado em sua cama e dando instruções escritas em pequenos pedaços de papel.
Embora existam numerosos islamitas que apóiam suas posições, Omar ganhou o repúdio internacional a ponto de seu país não ser reconhecido pela OCI (Organização da Conferência Islâmica).
Omar é conhecido por fazer uso de sua retórica para ameaçar o Ocidente. "Conhecerão terremotos e tornados do todo poderoso Alá e, em seguida, serão surpreendidos com o que lhes acontecerá", afirmou ele em 1999, quando o Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) aplicou sanções ao Afeganistão por se negar a extraditar o terrorista Osama bin Laden.
O mesmo vocabulário pode ser usado hoje em uma reunião em Cabul de "mil sábios e eruditos do Islã", vindos de todas as Províncias do país, convocados por Omar, para estudar a promulgação da Jihad (guerra santa em árabe) contra EUA.
Sua recusa a entregar seu "hóspede" Bin Laden (principal suspeito dos atentados contra os EUA do dia 11 de setembro) aos americanos o fez ganhar o apoio e a admiração dos islamitas mais extremos, mas mantém no isolamento internacional seus país, atualmente assolado pela seca e por disputas territoriais.
Seus laços com Bin Laden se estreitaram depois Omar que se casou em 1998 com uma filha do multimilionário de origem saudita. Mais tarde, Bin Laden tomou como quarta esposa uma das netas de Omar.
Leia mais no especial sobre atentados nos EUA
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