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18/09/2001
-
02h39
da France Presse, em Washington
Os Estados Unidos têm poucas opções militares com perspectivas de êxito se se lançar em uma guerra contra o terrorismo. Segundo analistas, o país deverá recorrer a espiões e esquadrões especiais em vez de utilizar sua enorme força militar.
Na opinião de Michael O'Hanlon, analista da Brookings Institution, uma invasão por terra ao Afeganistão para derrotar os talebans e capturar Osama Bin Laden -milionário saudita suspeito de ser o responsável pelos atentados de 11 de setembro- "poderia funcionar, apesar do custo de centenas de milhares de baixas".
"Mas há a possibilidade de falhar devido à dificuldade [de acesso] ao território afegão e à resistência de seus combatentes", disse.
Já Daniel Goure, do Lexington Institute, é mais crítico: "Aposto minha vida que não há planos sérios para derrotar militarmente os talebans".
Segundo os analistas, Bush tem a alternativa de utilizar forças militares especiais para capturar Bin Laden. Isto poderia exigir o envio de efetivos para bases remotas nos países vizinhos ao Afeganistão, como Uzbequistão e Paquistão, ou qualquer área do país sob controle da oposição afegã.
Mas este tipo de operação requer tempo, informações precisas e espiões infiltrados na organização de Bin Laden. Resta saber se os serviços de inteligência dos EUA são capazes de penetrar no grupo de seu inimigo número um.
O êxito desta alternativa dependeria da vontade de países como o Paquistão de colaborar com Washington.
'A verdadeira chave é a informação", diz Andrew Krepinevich, especialista militar e diretor do Centro de Assuntos Estratégicos e Orçamentários.
"Ninguém quer pôr forças especiais em uma emboscada ou armadilha. O que se quer é surpreender ao outro, e não a nós mesmos. E a surpresa é a chave para sua habilidade de operar com efetividade", afirma Krepinevich.
Considerando-se o território montanhoso do Afeganistão, onde Bin Laden está supostamente refugiado, se "poderia fazer deste um conflito com muito menos força de fogo e muito mais dependente de boas informações, com "forças rápidas, sigilosas e pequenas, que podem ser deslocadas muito rapidamente por grandes distâncias", explicou.
Uma invasão ao Afganistão "é provavelmente a última coisa na qual [alguém] quer pensar", disse Krepinevich.
O secretário da Defensa dos EUA, Donald Rumsfeld, disse repetidamente que a guerra contra o terrorismo será longa, custosa e diferente de todas o que os EUA já viu nos últimos anos.
"As pessoas pensam nas guerras que temos visto ultimamente, do tipo de guerras assépticas em que mísseis são lançados e exibidos na televisão quando se chocam na terra em meio a fumaça. Não é este o caso" de um ataque ao Afeganistão, disse Rumsfeld, no domingo.
Na segunda-feira, o presidente dos EUA declarou querer Bin Laden "vivo ou morto".
Opções militares contra Bin Laden são poucas, dizem analistas
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Os Estados Unidos têm poucas opções militares com perspectivas de êxito se se lançar em uma guerra contra o terrorismo. Segundo analistas, o país deverá recorrer a espiões e esquadrões especiais em vez de utilizar sua enorme força militar.
Na opinião de Michael O'Hanlon, analista da Brookings Institution, uma invasão por terra ao Afeganistão para derrotar os talebans e capturar Osama Bin Laden -milionário saudita suspeito de ser o responsável pelos atentados de 11 de setembro- "poderia funcionar, apesar do custo de centenas de milhares de baixas".
"Mas há a possibilidade de falhar devido à dificuldade [de acesso] ao território afegão e à resistência de seus combatentes", disse.
Já Daniel Goure, do Lexington Institute, é mais crítico: "Aposto minha vida que não há planos sérios para derrotar militarmente os talebans".
Segundo os analistas, Bush tem a alternativa de utilizar forças militares especiais para capturar Bin Laden. Isto poderia exigir o envio de efetivos para bases remotas nos países vizinhos ao Afeganistão, como Uzbequistão e Paquistão, ou qualquer área do país sob controle da oposição afegã.
Mas este tipo de operação requer tempo, informações precisas e espiões infiltrados na organização de Bin Laden. Resta saber se os serviços de inteligência dos EUA são capazes de penetrar no grupo de seu inimigo número um.
O êxito desta alternativa dependeria da vontade de países como o Paquistão de colaborar com Washington.
'A verdadeira chave é a informação", diz Andrew Krepinevich, especialista militar e diretor do Centro de Assuntos Estratégicos e Orçamentários.
"Ninguém quer pôr forças especiais em uma emboscada ou armadilha. O que se quer é surpreender ao outro, e não a nós mesmos. E a surpresa é a chave para sua habilidade de operar com efetividade", afirma Krepinevich.
Considerando-se o território montanhoso do Afeganistão, onde Bin Laden está supostamente refugiado, se "poderia fazer deste um conflito com muito menos força de fogo e muito mais dependente de boas informações, com "forças rápidas, sigilosas e pequenas, que podem ser deslocadas muito rapidamente por grandes distâncias", explicou.
Uma invasão ao Afganistão "é provavelmente a última coisa na qual [alguém] quer pensar", disse Krepinevich.
O secretário da Defensa dos EUA, Donald Rumsfeld, disse repetidamente que a guerra contra o terrorismo será longa, custosa e diferente de todas o que os EUA já viu nos últimos anos.
"As pessoas pensam nas guerras que temos visto ultimamente, do tipo de guerras assépticas em que mísseis são lançados e exibidos na televisão quando se chocam na terra em meio a fumaça. Não é este o caso" de um ataque ao Afeganistão, disse Rumsfeld, no domingo.
Na segunda-feira, o presidente dos EUA declarou querer Bin Laden "vivo ou morto".
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