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20/09/2001
-
05h27
MICHEL BLANCO
da Folha Online
O Diretório de Inteligência Militar de Israel, ou Aman, suspeita que o Iraque tenha patrocinado os atentados de 11 de setembro nos EUA. A informação é da revista eletrônica "Jane's Security", especializada em temas de defesa e segurança.
Os coordenadores dos atentados seriam, segundo oficiais do Aman citados pela "Jane's Security", dois dos terroristas mais procurados do mundo: o libanês Imad Mughniyeh, chefe operações externas do grupo extremista islâmico libanês Hizbollah, e o egípcio Ayman Al Zawahiri, membro do Al-Qaeda e provável sucessor do milionário e terrorista saudita Osama bin Laden.
Segundo os serviços de inteligência israelenses, há alguns anos o Iraque tem pago pequenos grupos terroristas para realizar diversos atentados e recentemente aproximou-se do Al-Qaeda, a rede terrorista liderada por Bin Laden.
Oficiais do Aman afirmam que nos últimos dois anos funcionários do serviço de inteligência iraquiano reuniram-se diversas vezes com Zawahiri em Bagdá (capital do Iraque) e no Afeganistão.
Especula-se que Zawahiri esteja no Egito, enquanto informações não confirmadas das autoridades em Beirute (capital do Líbano) indicam que Mughniyeh submeteu-se a várias cirurgias plásticas e está irreconhecível.
"Acreditamos que os cérebros da operação de 11 de setembro são Mughniyeh e Zawahiri, que foram provavelmente financiados e receberam algum apoio logístico dos Serviço de Inteligência Iraquiano (SSO)", diz um funcionário do serviço secreto israelense.
Para os israelenses, o chefe do SSO é Qusai Hussein, um dos filhos do ditador iraquiano Saddan Hussein. Ontem, o ministro iraquiano das Relações Exteriores, Naji Sabri, desmentiu oficialmente que funcionários do serviço de inteligência teriam se reunido com o egípcio Mohamed Atta, um dos suspeitos dos atentados.
Osama bin Laden, refugiado desde 1994 no Afeganistão, é apontado pelos EUA como o principal suspeito dos atentados que destruíram o World Trade Center e parte do Pentágono. O presidente norte-americano, George W. Bush, já afirmou querer o terrorista "vivo ou morto" e exige que o Taleban (grupo fundamentalista islâmico que controla 90% do território do Afeganistão desde 1998) o entregue.
O destino do terrorista é decidido esta quinta-feira no encontro de ulemás (líderes muçulmanos reconhecidos como autoridades em matéria de lei e religião) na capital afegã, Cabul.
Inteligência militar
Israel tem três organizações básicas de inteligência, coordenadas por um diretor-geral que se reporta diretamente apenas ao primeiro-ministro e ao Parlamento.
O Aman coleta dados sobre as Forças Armadas inimigas, o Shin Beth (abreviatura de Shereth Bitakhon, Serviço de Segurança) faz contra-espionagem e o mais famoso Mossad age em todo o mundo, marcadamente com a chamada "política de assassinatos" daqueles considerados ameaça à segurança dos israelenses.
Leia também
Iraque diz que não está envolvido
Leia mais no especial sobre atentados nos EUA
Israel suspeita que Iraque tenha patrocinado atentados aos EUA
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O Diretório de Inteligência Militar de Israel, ou Aman, suspeita que o Iraque tenha patrocinado os atentados de 11 de setembro nos EUA. A informação é da revista eletrônica "Jane's Security", especializada em temas de defesa e segurança.
Os coordenadores dos atentados seriam, segundo oficiais do Aman citados pela "Jane's Security", dois dos terroristas mais procurados do mundo: o libanês Imad Mughniyeh, chefe operações externas do grupo extremista islâmico libanês Hizbollah, e o egípcio Ayman Al Zawahiri, membro do Al-Qaeda e provável sucessor do milionário e terrorista saudita Osama bin Laden.
Segundo os serviços de inteligência israelenses, há alguns anos o Iraque tem pago pequenos grupos terroristas para realizar diversos atentados e recentemente aproximou-se do Al-Qaeda, a rede terrorista liderada por Bin Laden.
Oficiais do Aman afirmam que nos últimos dois anos funcionários do serviço de inteligência iraquiano reuniram-se diversas vezes com Zawahiri em Bagdá (capital do Iraque) e no Afeganistão.
Especula-se que Zawahiri esteja no Egito, enquanto informações não confirmadas das autoridades em Beirute (capital do Líbano) indicam que Mughniyeh submeteu-se a várias cirurgias plásticas e está irreconhecível.
"Acreditamos que os cérebros da operação de 11 de setembro são Mughniyeh e Zawahiri, que foram provavelmente financiados e receberam algum apoio logístico dos Serviço de Inteligência Iraquiano (SSO)", diz um funcionário do serviço secreto israelense.
Para os israelenses, o chefe do SSO é Qusai Hussein, um dos filhos do ditador iraquiano Saddan Hussein. Ontem, o ministro iraquiano das Relações Exteriores, Naji Sabri, desmentiu oficialmente que funcionários do serviço de inteligência teriam se reunido com o egípcio Mohamed Atta, um dos suspeitos dos atentados.
Osama bin Laden, refugiado desde 1994 no Afeganistão, é apontado pelos EUA como o principal suspeito dos atentados que destruíram o World Trade Center e parte do Pentágono. O presidente norte-americano, George W. Bush, já afirmou querer o terrorista "vivo ou morto" e exige que o Taleban (grupo fundamentalista islâmico que controla 90% do território do Afeganistão desde 1998) o entregue.
O destino do terrorista é decidido esta quinta-feira no encontro de ulemás (líderes muçulmanos reconhecidos como autoridades em matéria de lei e religião) na capital afegã, Cabul.
Inteligência militar
Israel tem três organizações básicas de inteligência, coordenadas por um diretor-geral que se reporta diretamente apenas ao primeiro-ministro e ao Parlamento.
O Aman coleta dados sobre as Forças Armadas inimigas, o Shin Beth (abreviatura de Shereth Bitakhon, Serviço de Segurança) faz contra-espionagem e o mais famoso Mossad age em todo o mundo, marcadamente com a chamada "política de assassinatos" daqueles considerados ameaça à segurança dos israelenses.
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