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20/09/2001
-
17h57
da Folha Online
O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, pedirá ao Exército do país que esteja pronto para agir imediatamente. Pedirá também, durante o discurso que fará hoje à noite no Congresso, que a população se mantenha calma e decidida, segundo o texto que foi divulgado pela Casa Branca.
Nesta tarde, fuzileiros navais norte-americanos despediam-se de suas famílias na Carolina do Norte, enquanto três navios de guerra se preparavam para partir com tropas, tanques e equipamentos bélicos em direção ao Mediterrâneo.
A missão foi organizada como uma operação de rotina, mas com a ordem do Pentágono de que militares deveriam partir para o Oriente Médio em resposta aos ataques terroristas ocorridos no dia 11 nos Estados Unidos.
Todos os militares foram advertidos de que poderiam estar seguindo para a guerra.
Por volta de 2.200 fuzileiros navais e marinheiros da 26ª Unidade Expedicionária da Marinha com base em Camp LeJeune, na Carolina do Norte, foram mobilizados. Vários ônibus os levavam para o porto de Morehead City passando por ruas lotadas de pessoas acenando com bandeiras americanas e cartazes.
A Unidade Expedicionária dos Fuzileiros Navais está pronta para ser a primeira a se movimentar se algum problema ocorrer. A 26ª é uma "unidade flexível" treinada para lutar nas cidades e até nas montanhas.
O primeiro navio, USS Whidby Island, deixou o porto na manhã de hoje, com seu convés carregado com tanques e outros veículos militares.
Ontem foram enviados por volta de cem aviões de guerra, entre eles bombardeiros e caças, à região do Golfo Pérsico, dando início à movimentação da "luta contra o terrorismo". Os Estados Unidos também enviaram também um terceiro porta-aviões para a região de Norfolk, na Virgínia.
Perto de 200 aviões de guerra da Força Aérea já estão estacionados em bases do Golfo Pérsico, da Turquia e da região do Oceano Índico. O novo movimento militar deve aumentar esse número para 300.
O terrorista Osama bin Laden, que está sob proteção do Taleban, no Afeganistão, é acusado de estar por trás dos atentados nos EUA - governo afegão e o próprio Bin Laden negam as acusações.
"Longa maratona"
A luta contra o terrorismo será uma "longa maratona", disse o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Donald Rumsfeld. Para ele, a vitória inicial é convencer aos norte-americanos e o resto do mundo que a luta contra o terrorismo não terminará "em um mês, nem em um ano, nem em cinco anos".
De acordo com Rumsfeld, a "guerra contra o terrorismo" é muito diferente da Segunda Guerra Mundial, da Guerra do Golfo, do Kosovo e da Bósnia, por exemplo, já que não se trata de um conflito com um país em particular.
Rumsfeld afirmou ainda que o combate ao terror não será apenas militar, mas também diplomático, político e financeiro.
Leia mais no especial sobre atentados nos EUA
Bush ordena a Exército que esteja pronto para agir
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O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, pedirá ao Exército do país que esteja pronto para agir imediatamente. Pedirá também, durante o discurso que fará hoje à noite no Congresso, que a população se mantenha calma e decidida, segundo o texto que foi divulgado pela Casa Branca.
Nesta tarde, fuzileiros navais norte-americanos despediam-se de suas famílias na Carolina do Norte, enquanto três navios de guerra se preparavam para partir com tropas, tanques e equipamentos bélicos em direção ao Mediterrâneo.
A missão foi organizada como uma operação de rotina, mas com a ordem do Pentágono de que militares deveriam partir para o Oriente Médio em resposta aos ataques terroristas ocorridos no dia 11 nos Estados Unidos.
Todos os militares foram advertidos de que poderiam estar seguindo para a guerra.
Por volta de 2.200 fuzileiros navais e marinheiros da 26ª Unidade Expedicionária da Marinha com base em Camp LeJeune, na Carolina do Norte, foram mobilizados. Vários ônibus os levavam para o porto de Morehead City passando por ruas lotadas de pessoas acenando com bandeiras americanas e cartazes.
A Unidade Expedicionária dos Fuzileiros Navais está pronta para ser a primeira a se movimentar se algum problema ocorrer. A 26ª é uma "unidade flexível" treinada para lutar nas cidades e até nas montanhas.
O primeiro navio, USS Whidby Island, deixou o porto na manhã de hoje, com seu convés carregado com tanques e outros veículos militares.
Ontem foram enviados por volta de cem aviões de guerra, entre eles bombardeiros e caças, à região do Golfo Pérsico, dando início à movimentação da "luta contra o terrorismo". Os Estados Unidos também enviaram também um terceiro porta-aviões para a região de Norfolk, na Virgínia.
Perto de 200 aviões de guerra da Força Aérea já estão estacionados em bases do Golfo Pérsico, da Turquia e da região do Oceano Índico. O novo movimento militar deve aumentar esse número para 300.
O terrorista Osama bin Laden, que está sob proteção do Taleban, no Afeganistão, é acusado de estar por trás dos atentados nos EUA - governo afegão e o próprio Bin Laden negam as acusações.
"Longa maratona"
A luta contra o terrorismo será uma "longa maratona", disse o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Donald Rumsfeld. Para ele, a vitória inicial é convencer aos norte-americanos e o resto do mundo que a luta contra o terrorismo não terminará "em um mês, nem em um ano, nem em cinco anos".
De acordo com Rumsfeld, a "guerra contra o terrorismo" é muito diferente da Segunda Guerra Mundial, da Guerra do Golfo, do Kosovo e da Bósnia, por exemplo, já que não se trata de um conflito com um país em particular.
Rumsfeld afirmou ainda que o combate ao terror não será apenas militar, mas também diplomático, político e financeiro.
Leia mais no especial sobre atentados nos EUA
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