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23/09/2001
-
04h53
da Folha Online
Tropas norte-americanas que atuarão em uma possível ação militar contra o Afeganistão já têm acesso à fronteira norte do país, na divisa com o Uzbequistão.
A agência de notícias russa Interfax informou ontem que dois aviões cargueiros Hercules C-130 dos EUA pousaram no aeroporto militar de Tuzel, a 15 km a Tashkent, a capital uzbeque. Centenas de militares teriam desembarcado equipamentos das duas aeronaves.
Fontes diplomáticas confirmaram que vários helicópteros norte-americanos, usados em exercícios militares entre o Uzbequistão e a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), sobrevoaram hoje áreas próximas a Tashkent.
A rede de TV árabe Al-Jazeera informou que aviões de reconhecimento já teriam voado até uma base mais ao sul do país, em Guzar, próxima à fronteira com o Afeganistão.
Segundo a rede de TV CNN, o Pentágono (Ministério da Defesa dos EUA) entrou em contato com diplomatas uzbeques ontem para negociar o uso de instalações militares do país como base para bombardeiros B-52 e aviões espiões.
Apesar das dificuldades de deslocamento em razão do terreno montanhoso, o Uzbequistão pode se tornar o melhor acesso dos EUA para o Afeganistão em curto prazo, já que o Paquistão ainda enfrenta um dilema sobre a abertura de seu espaço terrestre, e a cooperação militar do Irã está praticamente descartada.
O exército norte-americano também mantém conversações com os rebeldes da Aliança Norte, que combate o Taleban e controla uma pequena porção do território afegão, próxima à fronteira com o Tadjiquistão.
O Pentágono tem se negado sistematicamente a forncer qualquer tipo de informações sobre as operações na região. O presidente norte-americano George W. Bush, porém, tem dado demonstrações de que a ação militar deve ocorrer mesmo caso o Taleban, grupo islâmico extremista que controla a maior parte do Afeganistão, se recuse a extraditar o terrorista Osama bin Laden, principal suspeito dos atentados de 11 de setembro nos EUA.
A eficiência de uma ação militar para acabar com as bases terroristas afegãs, porém, é questionável. Há pouco o que se destruir com bombardeios aéreos, e uma ação terrestre para captura de guerrilheiros do Al-Qaeda (grupo de Bin Laden), poderia causar a morte de inúmeros soldados americanos.
Com agências internacionais
Leia mais no especial sobre atentados nos EUA
Tropas americanas já têm acesso à fronteira norte do Afeganistão
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Tropas norte-americanas que atuarão em uma possível ação militar contra o Afeganistão já têm acesso à fronteira norte do país, na divisa com o Uzbequistão.
A agência de notícias russa Interfax informou ontem que dois aviões cargueiros Hercules C-130 dos EUA pousaram no aeroporto militar de Tuzel, a 15 km a Tashkent, a capital uzbeque. Centenas de militares teriam desembarcado equipamentos das duas aeronaves.
Fontes diplomáticas confirmaram que vários helicópteros norte-americanos, usados em exercícios militares entre o Uzbequistão e a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), sobrevoaram hoje áreas próximas a Tashkent.
A rede de TV árabe Al-Jazeera informou que aviões de reconhecimento já teriam voado até uma base mais ao sul do país, em Guzar, próxima à fronteira com o Afeganistão.
Segundo a rede de TV CNN, o Pentágono (Ministério da Defesa dos EUA) entrou em contato com diplomatas uzbeques ontem para negociar o uso de instalações militares do país como base para bombardeiros B-52 e aviões espiões.
Apesar das dificuldades de deslocamento em razão do terreno montanhoso, o Uzbequistão pode se tornar o melhor acesso dos EUA para o Afeganistão em curto prazo, já que o Paquistão ainda enfrenta um dilema sobre a abertura de seu espaço terrestre, e a cooperação militar do Irã está praticamente descartada.
O exército norte-americano também mantém conversações com os rebeldes da Aliança Norte, que combate o Taleban e controla uma pequena porção do território afegão, próxima à fronteira com o Tadjiquistão.
O Pentágono tem se negado sistematicamente a forncer qualquer tipo de informações sobre as operações na região. O presidente norte-americano George W. Bush, porém, tem dado demonstrações de que a ação militar deve ocorrer mesmo caso o Taleban, grupo islâmico extremista que controla a maior parte do Afeganistão, se recuse a extraditar o terrorista Osama bin Laden, principal suspeito dos atentados de 11 de setembro nos EUA.
A eficiência de uma ação militar para acabar com as bases terroristas afegãs, porém, é questionável. Há pouco o que se destruir com bombardeios aéreos, e uma ação terrestre para captura de guerrilheiros do Al-Qaeda (grupo de Bin Laden), poderia causar a morte de inúmeros soldados americanos.
Com agências internacionais
Leia mais no especial sobre atentados nos EUA
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