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24/09/2001 - 17h50

Veja o dispositivo militar dos EUA e Reino Unido mobilizado

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da France Presse, em Paris

Os Estados Unidos e o Reino Unido mobilizaram milhares de soldados e um grande dispositivo aéreo, terrestre e naval, em represália aos atentados de 11 de setembro em Nova York e Washington.

Segue a lista das tropas que seriam mobilizadas para eventuais ataques contra o Afeganistão, onde estaria o principal suspeito dos atentados, o suposto terrorista saudita Osama bin Laden. A lista inclui as forças baseadas em países da região desde a guerra do Golfo (1991) e no Oceano Indico.

Estados Unidos:

Dois porta-aviões americanos, o Theodore Roosevelt, que partiu quarta-feira passada dos Estados Unidos com 80 aviões seguido por uma esquadra de 14 navios _entre eles três barcos anfíbios_, e o Kitty Hawk, que deixou sexta-feira passada o Japão e que pode abrigar 5.500 homens e 75 aviões, dirigem-se para o Oceano Índico e o Golfo Pérsico, onde devem somar-se a outros dois porta-aviões que já estão na região, o Carl Vinson e o Enterprise.

O Carl Vinson e o Enterprise têm, cada um, 75 aviões de guerra, e estão acompanhados por um grupo aeronaval que inclui destróieres e dois submarinos de disparo de mísseis cruzeiro Tomahawk.

Um contingente de 2.200 marines partiu dos Estados Unidos quinta-feira passada, levando bombardeiros B-52 e B-1, aviões de reabastecimento e aparelhos de vigilância com radar AWACS.

Centenas de aviões americanos estão na Arábia Saudita, Kuait e Turquia, incluindo bombardeiros invisíveis F-117 e caças-bombardeiros F-15 e F-16.

O comando das operações especiais do Exército e seus 13 mil soldados, entre eles o 75° regimento de Rangers, estão em estado de alerta. O Exército convocou para o serviço ativo um contingente suplementar de 5.172 reservistas da guarda nacional e da Força Aérea, como parte dos 35 mil reservistas que o governo dos Estados Unidos pensa mobilizar depois dos atentados.

Aviões militares americanos com sistemas de reconhecimento já estariam no Uzbequistão, ex-república soviética limítrofe com o Afeganistão. O Pentágono não confirma esta informação. Helicópteros americanos também estão em Tchirtchik, 40 km a leste de Tachkent, segundo diplomatas na capital uzbeque.

Reino Unido:

Comandos SAS (Special Air Service) e membros do MI6, os serviços de inteligência britânicos, já estão no norte do Afeganistão, onde trabalham em parceria com as forças da Aliança do norte, a oposição armada ao regime Taleban (grupo islâmico que controla 90% do território do Afeganistão desde 1998).

Como parte das manobras navais "Swift Sword II", a mais ampla mobilização militar britânica desde a guerra das Malvinas em 1982, 24 navios e dois submarinos britânicos atravessaram o Canal de Suez para o sul.

O comboio inclui os porta-aviões Ocean e Illustrious, um submarino nuclear e várias fragatas. Um grupo de sete aviões Tornado da RAF (Royal Air Force) partiu ontem pela manhã de Marham (Norfolk, leste) para participar das manobras. No total, cerca de 23 mil soldados britânicos devem participar da operação.

Todas estas forças estarão disponíveis em caso de necessidade, segundo a imprensa britânica.

Londres pode dispor na região de 59 aviões militares, se forem levados em conta os aparelhos da RAF no Kuait, Arábia Saudita e Turquia como parte das operações de vigilância das zonas iraquianas de exclusão aérea.

A 16ª brigada de assalto britânica, atualmente na Macedônia, poderia ser mobilizada no Afeganistão imediatamente depois do final de sua missão, prevista para a próxima semana.

Cerca de 750 comandos SAS (Special Air Service) e SBS (Special Boat Service, os comandos da marinha) estão em estado de alerta.

Segundo o jornal britânico "The Times", Londres deve decidir nos próximos dias a amplitude de sua assistência militar em Washington.

Outros países:

A Rússia poderia oferecer aos Estados Unidos corredores aéreos, mas exclusivamente para uma "ajuda humanitária". Segundo a agência "Interfax" de Moscou, o Exército russo poderia reforçar sua presença no Tadjiquistão, país limítrofe com o Afeganistão, com o envio de pára-quedistas.

Segundo o jornal "Sunday Times", as forças especiais russas Spetznaz, integrada por veteranos da guerra da ex-URSS contra o Afeganistão, também poderiam tomar parte no conflito.

Depois de Israel e Turquia, vários países propuseram abrir seu espaço aéreo a aviões militares americanos: Eslovênia, Grécia, Cazaquistão e Ucrânia.

País limítrofe com o Afeganistão, o Turcomenistão, apesar de insistir em sua neutralidade, acedeu a um pedido americano para abrir corredores aéreos e terrestres para uma "ajuda humanitária" dos Estados Unidos.

Segundo jornais britânicos e americanos, a França, com suas forças especiais e a Legião estrangeira, e a Alemanha, com os comandos KVK, poderiam tomar parte nas operações. Estas informações não foram confirmadas oficialmente.

Enquanto isto, a oposição afegã reunida em torno da Aliança do norte ofereceu a ajuda de seus 15 mil homens, que já estão em plena guerra civil contra Cabul.

Leia mais no especial sobre atentados nos EUA
 

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