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24/09/2001 - 18h59

Jihad islâmico promete continuar com ataques suicidas

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da France Presse, em Gaza

O grupo terrorista palestino Jihad Islâmico anunciou hoje que continuará as operações contra Israel "entre elas os ataques suicidas", apesar da trégua decretada terça-feira passada pelo presidente da Autoridade Palestina, Iasser Arafat.

"Nossa linguagem não mudou. Nosso principal inimigo é Israel e seguiremos enfrentando o inimigo israelense mediante operações militares, entre estas, ataques suicidas", disse um dirigente do Jihad Islâmico, Abdullah Chami, durante uma concentração de mais de 1.000 pessoas em Gaza.

No entanto, o Jihad e a organização extremista islâmica Hamas, não lançaram nenhuma operação em Israel desde 9 de setembro, dois dias antes dos atentados terroristas cometidos nos Estados Unidos.

Semana passada, tanto o Jihad como o Hamas haviam rejeitado a trégua "em todas as frentes" proposta terça-feira passada por Arafat.

Hoje, o braço armado do Jihad Islâmico, as "Brigadas de Al Qods", assumiram o ataque realizado numa estrada do vale do rio Jordão no qual morreu uma israelense.

"O inimigo israelense tenta criar zonas de segurança para deter nossos combatentes, mas eu pergunto: a zona de segurança israelense no sul do Líbano serviu para alguma coisa?", disse Chami, durante a concentração em memória de Munir Abú Mussa, morto dia 20 de setembro pelo Exército israelense. O Jihad anunciou que Mussa pertencia às "Brigadas de Al Qods".

Chami se referia às "zonas-tampão" estabelecidas pelo Exército israelense ao longo da fronteira norte da Cisjordânia para "evitar ataques terroristas" e impedir a "entrada ilegal" de trabalhadores palestinos.

Em Damasco, outro dirigente do Jihad, Ramadan Abdalá Chalá, disse que os palestinos não devem participar da coalizão antiterrorista que os Estados Unidos querem formar. "O Islã proíbe participação nessa coalizão, o povo palestino nunca aceitará o envolvimento nessa aliança de cruzados", disse Chalá.

"Os Estados Unidos querem explorar os recentes incidentes para declarar guerra ao Islã e aos árabes com o pretexto de combater o terrorismo", afirmou.

O Jihad Islâmico não está na lista de alvos designados hoje pelos Estados Unidos como parte da guerra antiterrorista.

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