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29/09/2001 - 03h37

Jornalista britânica é presa no Afeganistão

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da Folha de S.Paulo

Uma repórter britânica foi detida pelo Taleban, milícia extremista islâmica que controla o Afeganistão, quando estava nas proximidades de Jalalabad, no leste do país. Yvonne Ridley, jornalista do "Sunday Express", de Londres, estava vestida com uma burga, tradicional roupa afegã que cobre o corpo todo e é exigida pelo Taleban para mulheres. Dois guias que estavam com ela, ambos afegãos, também foram detidos.

A repórter não estava portando o passaporte e havia entrado no país ilegalmente, segundo a imprensa oficial do Afeganistão. O Taleban não está concedendo vistos para jornalistas e pediu para todos os estrangeiros deixarem o território afegão.

"A repórter estava apenas exercitando o seu direito de informar a opinião pública internacional sobre a situação interna no Afeganistão", disse Robert Menard, secretário-geral da ONG Repórteres Sem Fronteiras (RSF). "Prender jornalistas que estão buscando notícias sobre a situação da população afegã não é a melhor maneira de amenizar as críticas externas", acrescentou.

Segundo a RSF, o editor da "Sunday Express", Jim Murray, confirmou que Ridley cruzou a fronteira no dia 26 de setembro.

Além de Ridley, há oito estrangeiros presos no Afeganistão, acusados de difundir o cristianismo no país. O advogado deles fará a defesa hoje em Cabul.

Caso sejam considerados culpados, os quatro alemães, dois norte-americanos e dois australianos pertencentes ao grupo cristão Shelter Now International terão como sentença a pena de morte, por enforcamento, conforme prevê a legislação do Taleban.

O líder dos cristãos detidos, Georg Taubmann, afirmou diante da Justiça afegã que nenhuma pessoa foi convertida ao cristianismo no país.

  • Com agências internacionais

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