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30/06/2000 - 11h59

Papa pede clemência e redução de penas de presos de todo o mundo

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da France Presse
na Cidade do Vaticano

O papa João Paulo 2º dirigiu nesta sexta-feira (30) aos governantes de todo o mundo uma mensagem para pedir-lhes "um gesto de clemência" com os presos, por ocasião do Ano do Jubileu.

Na mensagem, divulgada poucos dias antes do Jubileu dos Detentos, programado para 9 de julho, o sumo pontífice pediu "a redução, mesmo modesta, das penas".

O papa, que visitará no dia 9 de julho o presídio romano de Regina Coeli, pediu uma reflexão por ocasião do Jubileu do ano 2000, sobre a condição dos detentos e sobre "os inconvenientes e dificuldades no complexo mundo da justiça".

João Paulo 2º também solicitou que se "revise a justiça humana segundo a
justiça de Deus", concretizando-se as emendas necessárias para conseguir esse objetivo.

"Não se trata de aplicar quase automaticamente ou de modo decorativo
medidas de clemência formais, de modo que, acabado o Jubileu, tudo volte a ser como antes", escreveu o papa.

"Trata-se de colocar em funcionamento iniciativas que sejam um ponto de partida válido para uma renovação autêntica, tanto da mentalidade como das instituições", reiterou João Paulo 2º.

O papa se fez intérprete dos apelos enérgicos feitos "de inúmeros presídios disseminados por todo o mundo, onde estão segregados milhões de nossos irmãos e irmãs", escreveu.

"Eles reclamam principalmente uma adequação das estruturas carcerárias e às vezes também uma revisão da legislação penal", pelo que o pontífice pede a abolição finalmente nas legislações dos Estados daquelas normas contrárias à dignidade e aos direitos fundamentais do homem".

"A prisão como castigo é tão antiga como a história do homem", disse o papa na mensagem, reconhecendo que ao longo da história houve muitos progressos no sentido de "adequar o sistema penal à dignidade da pessoa humana".

Para João Paulo 2º, a prisão "não deve ser um lugar de deseducação, de
ócio e talvez de vício, mas sim de redenção". A mensagem do papa não aborda os debates que atualmente se realizam na Itália sobre a situação das prisões, nem faz referência ao perdão concedido pelo presidente da República italiana, Carlo Azeglio Ciampi, ao ex-terrorista turco Ali Agca, autor do atentado contra o papa em 1981 e que foi expulso no
último dia 13 para a Turquia, depois de 19 anos de prisão.

O texto também não se refere à pena de morte, outro cavalo de batalha da
Igreja Católica, que não a exclui para "casos de extrema gravidade", segundo o catecismo oficial da Igreja.

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