Publicidade
Publicidade
02/10/2001
-
18h10
da France Presse, no Cairo
A Liga Árabe se colocou hoje contra um ataque americano a qualquer país árabe, o que pode prejudicar os projetos de formação de uma coalizão antiterrorista.
"Não vemos por que, realmente não vemos por que razão atacar um país árabe, sobretudo porque tal eventualidade levaria a uma situação muito grave no Oriente Médio, anulando qualquer idéia de coalizão internacional contra o terrorismo", disse Amr Mussa, secretário-geral da Liga Árabe, no dia seguinte das declarações americanas de que não descartava uma ação contra o Iraque.
Esse foi o comentário ao anúncio, divulgado na noite de ontem pela Casa Branca, no qual o presidente George W. Bush jamais prometera ao rei Abdullah 2° da Jordânia que não atacaria países árabes, entre eles o Iraque, como parte de uma "guerra contra o terrorismo" lançada depois dos atentados de 11 de setembro.
O rei Abdullah 2º, segundo a televisão estatal jordaniana, afirmou que recebeu garantias do presidente Bush nesse sentido.
O chefe da diplomacia egípcia Ahmed Maher também havia dito domingo que seu país obteve garantias dos Estados Unidos de que nenhum país árabe seria alvo da resposta americana aos atentados.
O vice-primeiro-ministro iraquiano, Tarek Aziz, afirmou hoje que seu país estava "preparado para qualquer eventualidade" ante a perspectiva de uma resposta militar americana aos atentados de 11 de setembro.
Acusado pelos Estados Unidos de ser um "Estado pária" e submetido a sanções internacionais desde a invasão do Kuait em agosto de 1990, o Iraque é o único país árabe que não condenou os atentados.
Bagdá lançou hoje um desafio aos Estados Unidos rejeitando a resolução do Conselho de Segurança da ONU que obriga todos os Estados a privar as redes terroristas de apoio financeiro e logístico. "É uma resolução americana. Foi adotada de forma improvisada, sem verificação e sem uma referência a um consenso internacional que defina o terrorismo", afirmou o jornal "As-Saura", órgão do Partido Baath, no poder no Iraque.
O Iraque nega qualquer vínculo com os atentados de 11 de setembro e garante nunca ter acolhido terroristas.
Na noite de ontem o secretário de Estado americano Colin Powell afirmou que Bush "não exclui nada, no que diz respeito às segunda, terceira e quarta fases de nossa campanha militar" contra o terrorismo.
Ao ser interrogado sobre se o governo americano descarta no momento bombardear objetivos no Iraque, Powell respondeu: "o presidente se centra na primeira fase da operação, que abrange Al Qaeda (a rede do principal suspeito Osama bin Laden), e a questão do terrorismo no mundo".
Leia mais no especial sobre atentados nos EUA
Liga Árabe adverte EUA contra ataque a país árabe
Publicidade
A Liga Árabe se colocou hoje contra um ataque americano a qualquer país árabe, o que pode prejudicar os projetos de formação de uma coalizão antiterrorista.
"Não vemos por que, realmente não vemos por que razão atacar um país árabe, sobretudo porque tal eventualidade levaria a uma situação muito grave no Oriente Médio, anulando qualquer idéia de coalizão internacional contra o terrorismo", disse Amr Mussa, secretário-geral da Liga Árabe, no dia seguinte das declarações americanas de que não descartava uma ação contra o Iraque.
Esse foi o comentário ao anúncio, divulgado na noite de ontem pela Casa Branca, no qual o presidente George W. Bush jamais prometera ao rei Abdullah 2° da Jordânia que não atacaria países árabes, entre eles o Iraque, como parte de uma "guerra contra o terrorismo" lançada depois dos atentados de 11 de setembro.
O rei Abdullah 2º, segundo a televisão estatal jordaniana, afirmou que recebeu garantias do presidente Bush nesse sentido.
O chefe da diplomacia egípcia Ahmed Maher também havia dito domingo que seu país obteve garantias dos Estados Unidos de que nenhum país árabe seria alvo da resposta americana aos atentados.
O vice-primeiro-ministro iraquiano, Tarek Aziz, afirmou hoje que seu país estava "preparado para qualquer eventualidade" ante a perspectiva de uma resposta militar americana aos atentados de 11 de setembro.
Acusado pelos Estados Unidos de ser um "Estado pária" e submetido a sanções internacionais desde a invasão do Kuait em agosto de 1990, o Iraque é o único país árabe que não condenou os atentados.
Bagdá lançou hoje um desafio aos Estados Unidos rejeitando a resolução do Conselho de Segurança da ONU que obriga todos os Estados a privar as redes terroristas de apoio financeiro e logístico. "É uma resolução americana. Foi adotada de forma improvisada, sem verificação e sem uma referência a um consenso internacional que defina o terrorismo", afirmou o jornal "As-Saura", órgão do Partido Baath, no poder no Iraque.
O Iraque nega qualquer vínculo com os atentados de 11 de setembro e garante nunca ter acolhido terroristas.
Na noite de ontem o secretário de Estado americano Colin Powell afirmou que Bush "não exclui nada, no que diz respeito às segunda, terceira e quarta fases de nossa campanha militar" contra o terrorismo.
Ao ser interrogado sobre se o governo americano descarta no momento bombardear objetivos no Iraque, Powell respondeu: "o presidente se centra na primeira fase da operação, que abrange Al Qaeda (a rede do principal suspeito Osama bin Laden), e a questão do terrorismo no mundo".
Leia mais no especial sobre atentados nos EUA
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice