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16/06/2007 - 23h36

Abbas assina decreto para formação de governo de emergência

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da France Presse, em Gaza

O presidente palestino Mahmud Abbas assinou na noite deste sábado o decreto que ratifica a formação de um governo de emergência, afirmou um colaborador na Cisjordânia, depois que o movimento islâmico Hamas se impôs na faixa de Gaza. O presidente Abbas considerou a tomada de controle, na sexta-feira, da faixa de Gaza pelo Hamas, como um "golpe de Estado".

O novo gabinete conta com 12 membros, todos especialistas independentes, e será dirigido por Salam Fayyad, também responsável pela pasta das Finanças. O novo governo deve tomar posse oficialmente neste domingo em Ramallah.

Por seu lado, Israel reconhecerá o governo palestino que não conte com ministros do movimento islâmico Hamas, afirmou na noite de hoje o primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, no aeroporto de Tel Aviv, antes de viajar aos Estados Unidos, onde se encontrará com George W. Bush.

"Um governo palestino que não seja um governo do Hamas é um parceiro e cooperaremos com ele", disse Olmert. "Vamos trabalhar com todas as nossas forças para aproveitar a oportunidade que se abre", acrescentou.

Ante o temor de represálias do movimento islamita Hamas, principalmente depois da difusão das imagens da execução sem piedade de um chefe militar do Fatah, dezenas de membros dos serviços de segurança se dirigiram para Erez, uma passagem na fronteira com Israel, para tentar fugir das agressões.

Confrontos

Quatro militantes do Fatah morreram neste sábado na faixa de Gaza, nas mãos das forças do Hamas. Os principais confrontos ocorreram em Khan Yunes, no sul de Gaza.

O exército israelense, que fechou todos os postos de fronteira na faixa de Gaza, anunciou que seus soldados realizaram disparos para o ar para dispersar os palestinos.

Com suas fronteiras com Egito e Israel completamente fechadas, existe o risco de uma crise humanitária em Gaza, um território empobrecido com uma das densidades demográficas mais altas do planeta, com 1,5 milhão de pessoas.

Na Cisjordânia a multiplicação de ataques dos partidários do Fatah contra seus adversários do Hamas incrementou o medo de que se gere uma onda de violência similar à de Gaza.

Militantes das Brigadas de Mártires de Al Aqsa saquearam vários escritórios de organizações ligadas ao Hamas, principalmente em Nablus, onde cinco islamitas foram seqüestrados.

Até a casa do falecido líder histórico palestino Yasser Arafat, em Gaza, foi saqueada este sábado após a tomada de controle desse território pelo movimento islâmico Hamas.

"Vi homens armados entrando na casa, roubando suas coisas e incendiando um dos quartos", indicou uma testemunha que mora em frente à casa, situada na cidade de Gaza.

Esta testemunha pediu que sua identidade não fosse divulgada por temor de represálias dos islamitas do Hamas.

Neste sábado, combatentes mascarados do braço armado do movimento islâmico Hamas, as Brigadas Ezzedin al-Qassam, tomaram posições no teto da casa para impedir que as pessoas se aproximassem do local.

Um dos chefes das Brigadas, Zakaria al Zubeidi, pediu aos ativistas do Hamas na Cisjordânia que entreguem suas armas à Autoridade Palestina.

Em Ramallah, homens armados atacaram o escritório do vice-presidente do Parlamento, Hassan Khresheh, e tentaram agredi-lo.

O porta-voz do Hamas em Gaza, Sami Abu Zuhri, denunciou "uma campanha de extermínio" contra os ativistas do movimento islamita na Cisjordânia e responsabilizou Abbas.

 

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