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17/06/2007 - 23h42

Chávez aprofunda centralização na Venezuela

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da France Presse, em Caracas

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, anunciou neste fim de semana a criação de uma comissão que porá fim a organismos do Estado, a fundação de 200 novas empresas estatais e a centralização de indústrias estratégicas, como a de eletricidade.

A criação da Comissão Central de Planejamento terá como objetivo coordenar e centralizar os organismos do setor público, afirmou Chávez neste domingo em seu programa de rádio e televisão "Alô presidente".

A comissão será criada por decreto e oficializada por uma lei orgânica do Executivo, que desde janeiro recebeu plenos poderes para legislar por decreto.

O novo organismo será dirigido pelo vice-presidente Jorge Rodríguez, apoiado no ministério de Planejamento e Desenvolvimento e no Banco Central, organismo que até agora vinha sendo um dos "autônomos".

Mesmo questionado pela oposição por concentrar cada vez mais poderes em suas mãos, Chávez anunciou no sábado a criação da Corporação Elétrica Nacional, que vai unificar as mais de dez empresas encarregadas de gerar, transmitir e distribuir energia.

Chávez também anunciou a criação de 200 empresas estatais para 2007, todas de "caráter fundamentalmente socialista", e que estabelecem como prioridade suprir a demanda das necessidades básicas de setores populares.

O venezuelano, que também decretou o confisco de milhares de hectares de terras ociosas, anunciou que expropriará as empresas que se neguem a vender leite aos preços impostos pelo governo.

As novas declarações de Chávez acontecem num momento em que se evidencia a escassez de alguns produtos nos supermercados venezuelanos, o que, segundo os empresários, se deve aos rígidos controles de preços do governo, que, por sua vez, denuncia a especulação dos fabricantes.

Neste domingo, Chávez reconheceu a falta de alguns alimentos. "A Venezuela vive um processo de transição, do modelo capitalista de exploração para um modelo socialista, por isso ainda não produz produtos em quantidades necessárias para satisfazer a população", explicou, sem descartar a possibilidade de importar esses itens.

A centralização das funções do Estado se intensificou este ano e a Saúde foi o objeto mais recente destas políticas, quando Chávez anunciou a concentração de centros hospitalares.

 

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