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23/06/2007 - 16h45

Presidente do Equador se diz favorável à dissolução de Congresso

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da Efe, em Quito

O presidente do Equador, Rafael Correa, declarou neste sábado ser partidário de que a Assembléia Constituinte, que deve ser instalada este ano, dissolva o Congresso atual.

"Sempre sustentei em campanha como presidente que, como ocorreu na Colômbia, Venezuela, Bolívia e, em 1997, no próprio Equador, que não se deve dissolver o Congresso, mas que quando entrar em funcionamento a Assembléia [Constituinte], o Congresso funcionará paralelamente, limitado a suas funções de fiscalização", afirmou, durante seu programa semanal de rádio.

No entanto, ele comentou que havia mudado de opinão, "frente a qualidade do Congresso" como o atual. "Considerando esse tipo de Congresso, creio que é preciso dissolvê-lo. Com esse Congresso não pode seguir funcionando uma democracia. A quem eles representam?", questionou, durante seu programa semanal de rádio.

O chefe de Estado insistiu que está cada vez mais convencido de que a "Assembléia, em seu primeiro dia, terá que dissolvê-lo, porque com esse Congresso não se pode continuar, é uma vergonha para o país".

Embora nos meios políticos haja certeza de que o partido do presidente tenha maioria na Assembléia, que deve ser eleita no dia 30 de setembro, Correia afirmou que não há certeza de nada.

"As estatísticas são espetaculares, em que pese toda a campanha de agressão que vai continuar. Disseram-me que amanhã vai aparecer outro vídeo, se lhes der na cabeça", afirmou.

O presidente se referiu a vídeos divulgados recentemente em que aparece o seu ministro da Economia, Ricardo Patiño.

No primeiro, que o próprio Patiño reconheceu ter sido gravado por sua própria orientação, o ministro aparece com negociadores internacionais da dívida externa do país, com quem fala sobre uma eventual manipulação dos juros a serem pagos pelos papéis.

No segundo vídeo, que não teve autoria reconhecida, Patiño aparece com o presidente do Congresso, Jorge Cevallos, em uma reunião política onde conversam sobre a aprovação no Parlamento de uma consulta popular sobre a Assembléia Constituinte, que foi aprovada em abril com 81% dos votos.

Após a divulgação dos vídeos, a oposição considerou que Patiño estava envolvido com negociações irregulares dos bônus da dívida externa e pediu sua renúncia. O ministro, no entanto, afirmou que ordenou a gravação para ter provas de que havia uma administração irregular dos bônus da dívida externa.

Sobre o diálogo com Cevallos, ele somente comentou que se tratava de uma articulação política, em que os dois reconheceram após a divulgação do vídeo.

 

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