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08/10/2001 - 00h44

Países mostram pouca simpatia ao Taleban depois de ataques

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da France Presse, em Londres

O Taleban, movimento que controla 90% do Afeganistão, chamou de "ato terrorista" o ataque dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha contra suas forças no domingo, mas ganhou poucas demonstrações de solidariedade de boa parte dos países, que vêm isolando os extremistas islâmicos desde os atentados terroristas de 11 de setembro nos Estados Unidos.

As primeiras reações internacionais em relação aos ataques aéreos foram de apoio, na maioria. Os aliados ocidentais dos EUA já haviam sido avisados de que os ataques eram iminentes. No mundo islâmico, as reações foram divergentes ou de silêncio.

"Esse ataque pela América é um ato terrorista", disse o embaixador do Taleban no Paquistão, o mulá Abdul Salam Zaeef.

Seu movimento radical colocou-se sob a linha de fogo de Washington porque recusou-se a entregar Osama bin Laden, considerado pelo EUA responsável pelos ataques ao World Trade Center, em Nova York, e ao Pentágono, nos arredores de Washington.

"Tentamos encontrar uma solução para o problema, mas os Estados Unidos escolheram o caminho de seu poder e arrogância", disse ele. "Não podemos entregar Osama para os Estados Unidos."

"Afegãos pobres e comuns vão morrer, e os Estados Unidos serão responsáveis por isso. Esse é um ataque contra um país independente. Vamos lutar até o último suspiro."

O vizinho Paquistão, o único Estado que reconhece o Taleban como um governo legítimo, disse que o movimento havia provocado os ataques. Um porta-voz do país anunciou que o país esperava que os ataques fossem breves e poupassem civis.

A televisão oficial do Iraque, frequente alvo de norte-americanos e britânicos, descreveu os ataques aéreos contra o Afeganistão de ''agressão traidora''.

Países da Europa Ocidental apoiaram o ataque. O presidente norte-americano, George W. Bush, disse que Canadá, França, Austrália e Alemanha prometeram enviar forças de acordo com o desenrolar das operações. A Rússia divulgou nota de apoio.

O premiê italiano, Silvio Berlusconi, disse que a Itália está pronta para unir forças com os EUA em futura ação militar contra o terrorismo.

O ministro da Relações Exteriores de Israel, Shimon Peres, chamou os ataques de "decisão corajosa" de Bush.

Na Cisjordânia, os palestinos condenaram veementemente os ataques.

O primeiro-ministro Junichiro Koizumi disse que o Japão apoiava os ataques aéreos e estava reforçando a segurança interna. A premiê da Nova Zelândia, Helen Clark, apoiou os ataques, dizendo serem inevitáveis.

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