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Hamas critica proposta de libertação de presos do Fatah por Israel
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da Efe, em Gaza
O movimento radical islâmico Hamas qualificou de "manobra política" o anúncio do primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, de que proporá libertar 250 presos palestinos do Fatah como gesto de boa vontade em relação ao presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas.
"Trata-se de uma manobra política, porque atinge unicamente condenados com penas curtas de prisão. Nossas reivindicações e as das outras duas milícias que estão mantendo o soldado israelense Gilad Shalit cativo são claras: queremos a libertação de palestinos com longas penas, assim como mulheres e crianças", disse à agência Efe o porta-voz do Hamas, Sami Abu Zuhri.
O braço armado do Hamas, as Brigadas de Ezedin al Qassam, divulgou nesta segunda-feira em sua página da internet uma mensagem de áudio de Shalit, mantido refém há um ano. Shalit afirma no áudio que seu estado de saúde se deteriora e que precisa ser levado urgentemente para um hospital.
O Hamas e o Fatah --partidos políticos que possuem braço armado-- dividiam até a última semana o poder em um governo de coalizão, mas romperam o acordo em meio a uma onda de violência que deixou mais de cem mortos em Gaza. Enquanto o Hamas tomou, à força, o controle da faixa, o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, do Fatah, destituiu o grupo do poder e criou um gabinete de emergência na Cisjordânia.
"Aliado israelense"
Para Abu Zuhri, a medida anunciada por Olmert ao começo da cúpula entre Egito, Jordânia, Israel e a Autoridade Nacional Palestina (ANP) na localidade egípcia de Sharm el Sheikh, mostra que o movimento nacionalista Fatah "não é o parceiro político do Hamas", mas da "ocupação israelense".
O primeiro-ministro israelense disse durante o ato, destinado a reforçar o governo palestino de emergência e a isolar o Hamas, que os 250 presos palestinos do Fatah que estuda libertar serão os "que não têm as mãos manchadas de sangue".
Olmert anunciou também uma série de medidas econômicas para desbloquear os fundos retidos dos impostos correspondentes à ANP --apesar de não ter especificado quantidades--, com o que "os habitantes da Cisjordânia sentirão as mudanças que serão feitas no território", disse.
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