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08/10/2001
-
03h49
da France Presse, em Washington
Os ataques aéreos lançados ontem pelos Estados Unidos e pelo Reino Unido são a primeira fase de uma longa campanha militar cujo objetivo final é derrotar o Taleban, que controla 90% do Afeganistão, e destruir as redes terroristas que operam nesse país, disseram funcionários da secretaria de Defesa americana.
Agindo inicialmente para obter o domínio do espaço aéreo afegão, as forças britânicas e americanas atacaram aeroportos, locais de defesa aérea e centros de comando, assim como bases utilizadas pela rede terrorista Al Qaida, indicaram responsáveis do Pentágono.
"Precisamos de liberdade para agir em terra e ar", disse o secretário de defesa Donald Rumsfeld. "E o alvo escolhido, se for destruído com sucesso, deve permitir um maior grau de liberdade com o tempo."
Rumsfeld deixou claro que o objetivo final é derrotar o Taleban e destruir as redes terroristas sob sua proteção.
"O fato é que esta luta contra o terrorismo não tem uma arma mágica. Ao final, essas forças serão derrubadas por dentro, e vão cair a partir da ação da combinação dos recursos de todos os países que vierem enfrentar essas redes. E é assim que estará constituída nossa vitória."
A campanha iniciada no domingo será desenvolvida em etapas, e os ataques aéreos vão abrir caminhos para as operações terrestres da oposição afegã e de forças especiais norte-americanas.
Os EUA desataram uma operação paralela para ganhar "o coração e a mente" dos afegãos.
Dois aviões de transporte C-17 da força aérea americana jogaram pacotes de comida para refugiados dentro do Afeganistão.
Um avião comandado por controle remoto projetado para operações psicológicas lançou panfletos e fez transmissões explicando as operações aos afegãos, explicou Rumsfeld.
Ainda não se sabe se comandos terrestres americanos já estão no Afeganistão, mas está claro que estes terão um papel-chave na campanha, com objetivos de ataques contra alvos terroristas e de ajuda às forças de oposição em sua luta contra os talibã.
Rumsfeld afirmou que os EUA vão agir para inclinar o equilíbrio militar a favor da Aliança do Norte e outras forças de oposição ao Taleban.
O secretário de Defesa se recusou a dar detalhes, mas essa ação pode envolver o fornecimento de armas, apoio aéreo, conselheiros e inteligência para as forças de oposição, que por sua vez podem oferecer às forças americanas inteligência sobre os grupos terroristas e o Taleban.
Osama bin Laden, o fundamentalista acusado de ser o autor intelectual dos ataques de 11 de setembro, não foi o alvo dos ataques deste domingo. Em vez disso, o Pentágono está dirigindo a ação militar às fontes de apoio de Bin Laden dentro do país, sobretudo o próprio Taleban.
Militares indicaram que esperam que os ataques aéreos se estendam por vários dias, antes de as forças anglo-americanas avançarem a outras etapas da campanha.
"Ainda não acabamos", advertiu Rumsfeld em conversa com a imprensa no Pentágono, enquanto aconteciam os ataques.
Bombardeiros furtivos B-2 que voaram da base da força aérea Whiteman no Missouri participaram dos ataques, e um funcionário do Pentágono disse que por agora eles permanecem na região, um sinal de que os ataques continuarão.
Esses aviões fazem parte do contingente de 15 bombardeiros baseados em terra e 25 aviões caça baseados em porta-aviões mobilizados na operação.
Bombardeiros B-52 da força aérea que operam da ilha Diego Garcia, no oceano Índico, e bombardeiros B-1 na região, possivelmente em Omã, também atacaram, utilizando principalmente armas de precisão e convencionais, disseram militares.
Os bombardeiros carregam bombas guiadas por satélite, mas o B-52 também pode lançar mísseis de cruzeiro aéreos.
Cinquenta mísseis Tomahawk foram disparados de quatro navios de guerra americanos e dois submarinos britânicos, afirmaram oficiais.
Há informações de que o Afeganistão possui um pequeno número de lança-mísseis terra-ar soviéticos SA-2, mísseis terra-ar SA-7 e SA-14 disparados do ombro, e mísseis Stinger portáteis fornecidos pela CIA (agência central de inteligência americana) aos rebeldes afegãos que lutaram contra as forças de ocupação soviéticas nos anos 80.
A artilharia antiaérea afegã também significa uma ameaça para as forças aéreas americana e britânica.
Leia mais no especial sobre os ataques ao Afeganistão
Leia mais no especial sobre Taleban
Leia mais no especial sobre Paquistão
Leia mais sobre os reflexos do terrorismo na economia
Ataques são primeiro passo para derrotar Taleban e terroristas
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Os ataques aéreos lançados ontem pelos Estados Unidos e pelo Reino Unido são a primeira fase de uma longa campanha militar cujo objetivo final é derrotar o Taleban, que controla 90% do Afeganistão, e destruir as redes terroristas que operam nesse país, disseram funcionários da secretaria de Defesa americana.
Agindo inicialmente para obter o domínio do espaço aéreo afegão, as forças britânicas e americanas atacaram aeroportos, locais de defesa aérea e centros de comando, assim como bases utilizadas pela rede terrorista Al Qaida, indicaram responsáveis do Pentágono.
"Precisamos de liberdade para agir em terra e ar", disse o secretário de defesa Donald Rumsfeld. "E o alvo escolhido, se for destruído com sucesso, deve permitir um maior grau de liberdade com o tempo."
Rumsfeld deixou claro que o objetivo final é derrotar o Taleban e destruir as redes terroristas sob sua proteção.
"O fato é que esta luta contra o terrorismo não tem uma arma mágica. Ao final, essas forças serão derrubadas por dentro, e vão cair a partir da ação da combinação dos recursos de todos os países que vierem enfrentar essas redes. E é assim que estará constituída nossa vitória."
A campanha iniciada no domingo será desenvolvida em etapas, e os ataques aéreos vão abrir caminhos para as operações terrestres da oposição afegã e de forças especiais norte-americanas.
Os EUA desataram uma operação paralela para ganhar "o coração e a mente" dos afegãos.
Dois aviões de transporte C-17 da força aérea americana jogaram pacotes de comida para refugiados dentro do Afeganistão.
Um avião comandado por controle remoto projetado para operações psicológicas lançou panfletos e fez transmissões explicando as operações aos afegãos, explicou Rumsfeld.
Ainda não se sabe se comandos terrestres americanos já estão no Afeganistão, mas está claro que estes terão um papel-chave na campanha, com objetivos de ataques contra alvos terroristas e de ajuda às forças de oposição em sua luta contra os talibã.
Rumsfeld afirmou que os EUA vão agir para inclinar o equilíbrio militar a favor da Aliança do Norte e outras forças de oposição ao Taleban.
O secretário de Defesa se recusou a dar detalhes, mas essa ação pode envolver o fornecimento de armas, apoio aéreo, conselheiros e inteligência para as forças de oposição, que por sua vez podem oferecer às forças americanas inteligência sobre os grupos terroristas e o Taleban.
Osama bin Laden, o fundamentalista acusado de ser o autor intelectual dos ataques de 11 de setembro, não foi o alvo dos ataques deste domingo. Em vez disso, o Pentágono está dirigindo a ação militar às fontes de apoio de Bin Laden dentro do país, sobretudo o próprio Taleban.
Militares indicaram que esperam que os ataques aéreos se estendam por vários dias, antes de as forças anglo-americanas avançarem a outras etapas da campanha.
"Ainda não acabamos", advertiu Rumsfeld em conversa com a imprensa no Pentágono, enquanto aconteciam os ataques.
Bombardeiros furtivos B-2 que voaram da base da força aérea Whiteman no Missouri participaram dos ataques, e um funcionário do Pentágono disse que por agora eles permanecem na região, um sinal de que os ataques continuarão.
Esses aviões fazem parte do contingente de 15 bombardeiros baseados em terra e 25 aviões caça baseados em porta-aviões mobilizados na operação.
Bombardeiros B-52 da força aérea que operam da ilha Diego Garcia, no oceano Índico, e bombardeiros B-1 na região, possivelmente em Omã, também atacaram, utilizando principalmente armas de precisão e convencionais, disseram militares.
Os bombardeiros carregam bombas guiadas por satélite, mas o B-52 também pode lançar mísseis de cruzeiro aéreos.
Cinquenta mísseis Tomahawk foram disparados de quatro navios de guerra americanos e dois submarinos britânicos, afirmaram oficiais.
Há informações de que o Afeganistão possui um pequeno número de lança-mísseis terra-ar soviéticos SA-2, mísseis terra-ar SA-7 e SA-14 disparados do ombro, e mísseis Stinger portáteis fornecidos pela CIA (agência central de inteligência americana) aos rebeldes afegãos que lutaram contra as forças de ocupação soviéticas nos anos 80.
A artilharia antiaérea afegã também significa uma ameaça para as forças aéreas americana e britânica.
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