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08/10/2001
-
16h32
da Reuters, em Londres
O mundo inteiro reagiu aos ataques anglo-americanos ao Afeganistão com condenações ao terrorismo. O que mudou foi o ponto de vista: para os aliados, foi uma resposta dura a essa ameaça; para os países muçulmanos, foi um ato de terrorismo praticado pelos Estados Unidos.
A União Européia expressou ``apoio completo''. A Rússia elogiou a resposta ``ao mal'' e a China disse compreender. O governo japonês prometeu colaborar na luta dos EUA e a França anunciou o envio de tropas à região.
Em países muçulmanos, no entanto, a reação dos governos oscilou entre a crítica aberta e as meias-palavras. A ira popular tomou as ruas do Paquistão e da Faixa de Gaza, onde duas pessoas morreram durante uma manifestação em apoio a Osama bin Laden, não se sabe se assassinadas pela polícia palestina ou por atiradores mascarados. Os dirigentes palestinos mostraram-se incomodados pela menção à sua causa feita por Bin Laden.
"Bush é um terrorista", gritavam os manifestantes em Quetta (Paquistão). O presidente Pervez Musharraf tentou se manter na corda-bamba dizendo que os ataques não teriam civis como alvos.
O Iraque criticou o bombardeio e disse que outros países muçulmanos podem ser atingidos em seguida. Isso já era esperado. Surpresa foi o silêncio da Arábia Saudita e do Egito, dois importantes aliados dos EUA. A razão disso é a forte solidariedade que as populações sentem em relação aos afegãos.
O Irã, potência regional que é inimiga tanto do Taliban quanto dos EUA, criticou os ataques por colocar a vida de civis em risco. A Índia, que enfrenta uma guerrilha islâmica na Caxemira, apoiou a ação militar.
No Líbano, o ministro da Informação, Ghazi al-Aridi, perguntou: "Cabe à América definir o terrorismo segundo suas políticas e interesses?" Já o chanceler de Israel, Shimon Peres, elogiou a "brava decisão" de Bush e disse estar rezando pelos soldados norte-americanos.
Aliados elogiam ataque e muçulmanos acusam EUA de terrorismo
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O mundo inteiro reagiu aos ataques anglo-americanos ao Afeganistão com condenações ao terrorismo. O que mudou foi o ponto de vista: para os aliados, foi uma resposta dura a essa ameaça; para os países muçulmanos, foi um ato de terrorismo praticado pelos Estados Unidos.
A União Européia expressou ``apoio completo''. A Rússia elogiou a resposta ``ao mal'' e a China disse compreender. O governo japonês prometeu colaborar na luta dos EUA e a França anunciou o envio de tropas à região.
Em países muçulmanos, no entanto, a reação dos governos oscilou entre a crítica aberta e as meias-palavras. A ira popular tomou as ruas do Paquistão e da Faixa de Gaza, onde duas pessoas morreram durante uma manifestação em apoio a Osama bin Laden, não se sabe se assassinadas pela polícia palestina ou por atiradores mascarados. Os dirigentes palestinos mostraram-se incomodados pela menção à sua causa feita por Bin Laden.
"Bush é um terrorista", gritavam os manifestantes em Quetta (Paquistão). O presidente Pervez Musharraf tentou se manter na corda-bamba dizendo que os ataques não teriam civis como alvos.
O Iraque criticou o bombardeio e disse que outros países muçulmanos podem ser atingidos em seguida. Isso já era esperado. Surpresa foi o silêncio da Arábia Saudita e do Egito, dois importantes aliados dos EUA. A razão disso é a forte solidariedade que as populações sentem em relação aos afegãos.
O Irã, potência regional que é inimiga tanto do Taliban quanto dos EUA, criticou os ataques por colocar a vida de civis em risco. A Índia, que enfrenta uma guerrilha islâmica na Caxemira, apoiou a ação militar.
No Líbano, o ministro da Informação, Ghazi al-Aridi, perguntou: "Cabe à América definir o terrorismo segundo suas políticas e interesses?" Já o chanceler de Israel, Shimon Peres, elogiou a "brava decisão" de Bush e disse estar rezando pelos soldados norte-americanos.
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