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02/07/2007 - 11h05

EUA acusam Irã de ataque que matou cinco soldados no Iraque

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JAY DESHMUKH
da France Presse, em Bagdá

O Exército americano acusou nesta segunda-feira a força Al Quds, uma unidade de elite dos Guardiães da Revolução iranianos, de ter organizado um ataque em janeiro de 2006 no Iraque, no qual morreram cinco de seus soldados, e anunciou a prisão de um agente da milícia xiita libanesa Hizbollah, que treinava extremistas iraquianos.

Ativistas capturados pelas forças americanas e acusados de ter fomentado um ataque em 20 de janeiro contra um complexo americano em Kerbala afirmaram que os líderes das forças Al Quds do Irã deram apoio a esse ataque, afirmou o general de brigada Kevin Bergner.

"Esses indivíduos disseram que importantes dirigentes das forças Al Quds estavam a par e deram seu apoio ao ataque final que matou cinco soldados da coalizão", afirmou o general Bergner durante coletiva de imprensa em Bagdá.

O comando americano já havia acusado o Irã de financiar e armar os combatentes suspeitos de cometer assassinatos, mas é a primeira vez que afirma que agentes iranianos provavelmente tinham informações sobre este ataque.

O general Bergner confirmou que um dos ativistas que acusaram o Irã era o agente do movimento xiita Hizbollah Ali Musa Daqduq, conhecido como Hamid Mohamed Jbur Al Lami.

Este agente, que foi preso em 20 de março na cidade de Basra, sul do Iraque, treinava extremistas iraquianos no Iraque, acrescentou o general Bergner.

Daqduq é uma figura importante do Hizbollah e viajou ao Iraque por recomendação da força Al Quds, a unidade de elite dos Guardiães da Revolução iraquianos, destacou o oficial americano.

Ataques

As forças americanas intensificaram as acusações de envolvimento iraniano na violência no Iraque. "Em 2005, Daqduq recebeu a ordem de um importante membro da direção do Hizbollah libanês para ir ao Irã e trabalhar com a força Al Quds que treina extremistas iraquianos", afirmou o general Bergner.

Segundo este oficial, a força Al Quds e o movimento xiita libanês dirigiam juntos os campos perto de Teerã, onde treinavam combatentes iraquianos antes de enviá-los ao Iraque para cometer ataques nesse país. Ao ser interrogada em Beirute, uma fonte do Hizbollah declarou que estava "verificando por que os americanos fazem semelhantes acusações".

Bergner acusou o Irã de estar também por trás dos ataques com morteiro cada vez mais freqüentes na Zona Verde de Bagdá, um setor fortificado onde se encontram os principais ministérios iraquianos, assim como as Embaixadas dos Estados Unidos e do Reino Unido.

As forças americanas no Iraque acusam há vários meses o Irã de fornecer a grupos iraquianos explosivos do tipo EFP --armas modernas capazes de perfurar blindagens --que custam a vida de inúmeros soldados americanos.

 

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