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10/10/2001
-
18h05
da Folha Online
Aviões norte-americanos lançaram uma nova onda de ataques contra a capital afegã, Cabul, na madrugada desta quinta-feira (horário local), jogando pelo menos 12 bombas em pontos estratégicos da cidade. Foram ouvidas cerca de 30 explosões na cidade
"Este [ataque] não é como antes. O bombardeio é mais constante e muito, muito mais próximo", informou o correpondente da France Presse, no local. A intensificação dos ataques está causando pânico na população.
Cabul e a cidade de Candahar (sul do país), sede da milícia Taleban, sofrem desde a noite de quarta-feira (horário local) os bombardeios mais intensos desde o começo dos ataques americanos, domingo passado, colocando em evidência a impotência da defesa antiaérea do Taleban.
Segundo testemunhas, pelo menos 18 bombas caíram sobre a capital, algumas no centro e outras na área do aeroporto.
Os aviões começaram a chegar em diversas ondas a partir das 20h15 locais (12h45 em Brasília). "O bombardeio foi muito intenso", disse o corresponde da AFP no local. Momentos antes, a energia elétrica foi cortada.
Aviões americanos também bombardearam esta noite uma base militar do Taleban a somente seis quilômetros da fronteira paquistanesa.
De manhã, já tinham bombardeado Candahar, onde também se abrigava Osama bin Laden, o principal suspeito dos atentados de 11 de setembro.
Esta noite, depois do início dos bombardeios, a defesa afegã antiaérea começou a disparar, mas as detonações eram reduzidas, deixando supor que sua força de reação da defesa antiaérea foi prejudicada pelos ataques anteriores.
Censura
Além dos ataques ao Afeganistão, os EUA estão tentando minar também a comunicação da rede terrorista AL Qaeda, liderada por Bin Laden.
A Casa Branca pediu hoje que a imprensa reavalie a divulgação de pronunciamentos da organização antes de colocá-los no ar. "Na melhor das hipóteses, as mensagens de Osama bin Laden são propaganda para pedir que as pessoas matem americanos", disse o porta-voz da Casa Branca, Ari Fleischer, em uma entrevista coletiva concedida nesta tarde. "Na pior, ele pode dar ordens para que seus seguidores iniciem essas operações."
De acordo com Fleischer, a assessora para assuntos de segurança nacional dos EUA, Condoleezza Rice, pediu que as redes de rádio e TV repensem a divulgação das mensagens, mas ela teria enfatizado que "isso é um pedido e decisões editoriais devem ser tomadas apenas pela própria mídia".
A cadeia de rádio e TV CNN já se pronunciou favorável ao pedido do governo e anunciou que não difundirá mensagens e vídeos de Bin Laden ou de seus porta-vozes sem anteriormente informar as autoridades norte-americanas.
"A CNN não difundirá ao vivo declarações da Al Qaeda e examinará previamente antes de decidir o que deve ser feito", afirmou a rede em um comunicado.
"A política da CNN consiste em evitar difundir todas as mensagens que possam, de alguma forma, facilitar um novo ato terrorista", afirma outro trecho do texto da emissora. "Para decidir o que será difundido, a CNN procurará o conselho das autoridades competentes", conclui a nota.
Duas vezes, em 48 horas, entre o domingo e terça-feira, as cadeias de informação dos EUA (CNN, MNSBC e Fox News), que lutam na guerra pela audiência, transmitiram imagens da cadeia de TV Al Jazeera, do Qatar, que difundiu mensagens de Bin Laden ou de comandantes da Al Qaeda.
Com informações da France Presse e da Reuters
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EUA fazem novo ataque a Cabul; bombardeios são os mais intensos
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Aviões norte-americanos lançaram uma nova onda de ataques contra a capital afegã, Cabul, na madrugada desta quinta-feira (horário local), jogando pelo menos 12 bombas em pontos estratégicos da cidade. Foram ouvidas cerca de 30 explosões na cidade
"Este [ataque] não é como antes. O bombardeio é mais constante e muito, muito mais próximo", informou o correpondente da France Presse, no local. A intensificação dos ataques está causando pânico na população.
Cabul e a cidade de Candahar (sul do país), sede da milícia Taleban, sofrem desde a noite de quarta-feira (horário local) os bombardeios mais intensos desde o começo dos ataques americanos, domingo passado, colocando em evidência a impotência da defesa antiaérea do Taleban.
Segundo testemunhas, pelo menos 18 bombas caíram sobre a capital, algumas no centro e outras na área do aeroporto.
Os aviões começaram a chegar em diversas ondas a partir das 20h15 locais (12h45 em Brasília). "O bombardeio foi muito intenso", disse o corresponde da AFP no local. Momentos antes, a energia elétrica foi cortada.
Aviões americanos também bombardearam esta noite uma base militar do Taleban a somente seis quilômetros da fronteira paquistanesa.
De manhã, já tinham bombardeado Candahar, onde também se abrigava Osama bin Laden, o principal suspeito dos atentados de 11 de setembro.
Esta noite, depois do início dos bombardeios, a defesa afegã antiaérea começou a disparar, mas as detonações eram reduzidas, deixando supor que sua força de reação da defesa antiaérea foi prejudicada pelos ataques anteriores.
Censura
Além dos ataques ao Afeganistão, os EUA estão tentando minar também a comunicação da rede terrorista AL Qaeda, liderada por Bin Laden.
A Casa Branca pediu hoje que a imprensa reavalie a divulgação de pronunciamentos da organização antes de colocá-los no ar. "Na melhor das hipóteses, as mensagens de Osama bin Laden são propaganda para pedir que as pessoas matem americanos", disse o porta-voz da Casa Branca, Ari Fleischer, em uma entrevista coletiva concedida nesta tarde. "Na pior, ele pode dar ordens para que seus seguidores iniciem essas operações."
De acordo com Fleischer, a assessora para assuntos de segurança nacional dos EUA, Condoleezza Rice, pediu que as redes de rádio e TV repensem a divulgação das mensagens, mas ela teria enfatizado que "isso é um pedido e decisões editoriais devem ser tomadas apenas pela própria mídia".
A cadeia de rádio e TV CNN já se pronunciou favorável ao pedido do governo e anunciou que não difundirá mensagens e vídeos de Bin Laden ou de seus porta-vozes sem anteriormente informar as autoridades norte-americanas.
"A CNN não difundirá ao vivo declarações da Al Qaeda e examinará previamente antes de decidir o que deve ser feito", afirmou a rede em um comunicado.
"A política da CNN consiste em evitar difundir todas as mensagens que possam, de alguma forma, facilitar um novo ato terrorista", afirma outro trecho do texto da emissora. "Para decidir o que será difundido, a CNN procurará o conselho das autoridades competentes", conclui a nota.
Duas vezes, em 48 horas, entre o domingo e terça-feira, as cadeias de informação dos EUA (CNN, MNSBC e Fox News), que lutam na guerra pela audiência, transmitiram imagens da cadeia de TV Al Jazeera, do Qatar, que difundiu mensagens de Bin Laden ou de comandantes da Al Qaeda.
Com informações da France Presse e da Reuters
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