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11/10/2001 - 19h58

Aumenta temor de contaminação por antraz após 3º caso

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da Folha de S.Paulo

O temor de que ataques químicos ou biológicos possam acontecer nos Estados Unidos, existente desde os atentados do dia 11 de setembro, se acentuou após a divulgação ontem de um terceiro caso de infecção pela bactéria antraz, na Flórida.

E o pânico, hoje, não ficou restrito apenas aos Estados Unidos. Na Europa e até mesmo na Índia, uma série de ameaças de ataques biológicos assustou as populações. A maior parte, porém, tratava-se de alarmes falsos.

Na Alemanha, houve a suspeita de que nove envelopes que traziam a mensagem "a guerra santa começou" estivessem contaminados. O prédio do correio onde estavam os envelopes, em Wiesband, foi isolado e mais de cem policiais e integrantes do corpo de bombeiros foram mobilizados.

Os envelopes foram encaminhados para Stuttgart e, após exames em laboratório, verificou-se que não havia contaminação por antraz nem por nenhum outro agente químico ou biológico, segundo a polícia alemã.

Na Índia, o governo anunciou uma série de medidas de segurança após fortes ameaças de ataques biológicos ao país. Teme-se que o antraz possa ser utilizado em uma ofensiva terrorista contra os indianos. Porém até hoje não se verificou nenhum caso no país.

O Departamento de Estado dos EUA em Washington também ficou em alerta ontem após uma mulher encontrar um pó estranho em um banheiro do prédio. O grupo anti-terrorista do FBI (polícia federal dos EUA) foi ao local para isolar a área e levar o produto para testes.

Foram feitas análises com a substância e descobriu-se, posteriormente, que o pó não tinha nenhuma ligação com agentes químicos ou biológicos que pudessem contaminar pessoas.

No Estado de Iowa (EUA), a população teme que laboratórios que armazenam o antraz não sejam seguros. O governo tenta tranquilizar, dizendo que as bactérias estão bem protegidas.

Uma fábrica de máscaras de gás, no Chile, recebeu uma encomenda para produzir 100 mil unidades. O pedido foi feito pelo governo norte-americano. De acordo com o dono da fábrica, cuja produção anual é de 80 mil unidades, os EUA estariam sem estoques de máscaras para o caso de um ataque químico ao país, utilizando gases letais.

Despreparo

A Europa não está preparada para um ataque biológico, segundo a publicação científica "The British Medical Journal". Análises feitas em sistemas de saúde dos membros da União Européia indicam falhas na detecção, no preparo e na coordenação dos países em caso de uma ofensiva química ou biológica.

"Precisamos trabalhar na prevenção, deixar tudo em ordem para que não sejamos surpreendidos. Quanto antes descoberto um ataque, mais rápida será a intervenção e menores as consequências", disse Julius Weinberg, da City University, em Londres.

Com agências internacionais

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