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Premiê britânico avalia ação militar como opção para lidar com Irã
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da Folha Online
O premiê do Reino Unido, Gordon Brown, afirmou nesta segunda-feira que não descarta a ação militar como opção para lidar com o Irã. Brown disse, no entanto, que crê que a política atual de sanções poderá persuadir Teerã a abandonar seu controverso programa nuclear.
"Acredito firmemente que a política de sanções que estamos adotando irá funcionar, mas não vou dizer que estamos descartando qualquer forma particular de ação", disse Brown em uma entrevista coletiva hoje quando questionado sobre a possibilidade de uma ação militar contra o país.
O Conselho de Segurança (CS) das Nações Unidas já impôs dois pacotes de sanções contra Teerã desde dezembro último por sua recusa em suspender o enriquecimento de urânio --processo que pode tanto produzir combustível para usinas nucleares quanto material para armas de destruição em massa. Um terceiro pacote de sanções está sob avaliação.
Parte da comunidade internacional suspeita que as atividades do Irã tenham o objetivo de produzir bombas nucleares. Teerã nega e afirma que o programa visa apenas a obtenção de energia.
O Irã negociou com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) da ONU neste mês para clarificar questões sobre suas atividades nucleares e melhorar o acesso dos inspetores da agência a suas instalações de enriquecimento de urânio.
Segundo diplomatas europeus, estas últimas negociações levaram os seis países que lidam com o assunto --Estados Unidos, Rússia, China, França, Alemanha e Reino Unido-- a discretamente adiarem a pressão contra Teerã para setembro. O adiamento foi adotado para esperar que a melhoria da cooperação do Irã com a AIEA ajude a diminuir a tensão sobre o tema.
Brown afirmou que as atuais sanções estão surtindo efeito, mas disse que provavelmente uma terceira resolução será adotada.
"Deve haver uma nova resolução contra o Irã em breve... faço um apelo às autoridades iranianas para que entendam os sentimentos que outros países têm sobre o desenvolvimento de um programa de armas nucleares", completou.
Com Reuters
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