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16/10/2001
-
05h06
da Folha de S.Paulo
O saudita Osama bin Laden, acusado pelos EUA de ter envolvimento nos atentados do dia 11 de setembro, continua vivo e ameaçou os americanos com possíveis retaliações se casas de afegãos forem destruídas nos bombardeios. A afirmação foi feita por membros da rede terrorista Al Qaeda, comandada por Bin Laden, ao correspondente da CNN no Afeganistão, Nick Robertson.
Antes de se encontrar com os membros da Al Qaeda, Robertson visitou, a convite do Taleban, a aldeia de Coram, a cerca de 60 km de Jalalabad. No local, muitas casas estavam destruídas e, segundo versões não confirmadas, mais de 200 pessoas teriam morrido.
De acordo com o correspondente, os membros da Al Qaeda também disseram que Bin Laden está certo de que está vencendo a guerra contra os Estados Unidos.
Os integrantes da Al Qaeda afirmaram a Robertson que "os EUA deveriam retirar as suas tropas da Arábia Saudita". Bin Laden e seus seguidores dizem que soldados dos EUA não devem permanecer em países islâmicos e, em especial, na Arábia Saudita, onde estão Meca e Medina, cidades sagradas para os muçulmanos.
O encontro de Robertson com os membros da rede terrorista e o convite do Taleban para que jornalistas estrangeiros visitassem a aldeia de Coram demonstram uma mudança na postura do regime com a imprensa internacional. Aos poucos, o Taleban está permitindo a entrada dos jornalistas para mostrar os estragos que os ataques anglo-americanos estão causando ao país. Antes dos ataques, os jornalistas estrangeiros foram expulsos do país.
A CNN, que decidiu editar declarações de integrantes da Al Qaeda antes de colocá-las no ar, não mostrou imagens dos membros da rede terrorista. Todo o relato foi feito por Robertson.
Ex-rei
O ex-rei do Afeganistão, Zahir Shah, pediu ao secretário-geral da ONU, Kofi Annan, que enviasse uma força internacional de manutenção da paz ao Afeganistão quando o Taleban cair.
O porta-voz de Shah, Hamid Sidiq, afirmou ontem que o pedido havia sido feito por meio de uma carta enviada dois dias atrás ao secretário-geral da ONU. "Uma força internacional de paz deveria entrar em Cabul [a capital afegã" para manter a segurança da cidade", disse Sidiq.
Ontem emissários do ex-rei se reuniram com o presidente do Paquistão, Pervez Musharraf, em Islamabad [capital paquistanesa" para conversações sobre o futuro político do país em um possível período pós-Taleban.
O ex-monarca afegão, que vive exilado em Roma desde 1973, é considerado uma das figuras-chave na atual crise internacional após os atentados de 11 de setembro nos EUA.
"Lista Negra"
Uma "lista negra" com o nome de 106 pessoas consideradas inimigas do regime Taleban foi encontrada pelo Departamento Federal de Investigação de crimes da Alemanha (BKA).
A lista, cuja veracidade ainda está sendo verificada, tem assinatura do mulá Mohamad Omar, líder do regime. Entre os integrantes, estariam o ex-rei Zahir Shah, membros da Aliança do Norte, principal força de oposição ao regime, e comunistas afegãos.
Com agências internacionais
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O saudita Osama bin Laden, acusado pelos EUA de ter envolvimento nos atentados do dia 11 de setembro, continua vivo e ameaçou os americanos com possíveis retaliações se casas de afegãos forem destruídas nos bombardeios. A afirmação foi feita por membros da rede terrorista Al Qaeda, comandada por Bin Laden, ao correspondente da CNN no Afeganistão, Nick Robertson.
Antes de se encontrar com os membros da Al Qaeda, Robertson visitou, a convite do Taleban, a aldeia de Coram, a cerca de 60 km de Jalalabad. No local, muitas casas estavam destruídas e, segundo versões não confirmadas, mais de 200 pessoas teriam morrido.
De acordo com o correspondente, os membros da Al Qaeda também disseram que Bin Laden está certo de que está vencendo a guerra contra os Estados Unidos.
Os integrantes da Al Qaeda afirmaram a Robertson que "os EUA deveriam retirar as suas tropas da Arábia Saudita". Bin Laden e seus seguidores dizem que soldados dos EUA não devem permanecer em países islâmicos e, em especial, na Arábia Saudita, onde estão Meca e Medina, cidades sagradas para os muçulmanos.
O encontro de Robertson com os membros da rede terrorista e o convite do Taleban para que jornalistas estrangeiros visitassem a aldeia de Coram demonstram uma mudança na postura do regime com a imprensa internacional. Aos poucos, o Taleban está permitindo a entrada dos jornalistas para mostrar os estragos que os ataques anglo-americanos estão causando ao país. Antes dos ataques, os jornalistas estrangeiros foram expulsos do país.
A CNN, que decidiu editar declarações de integrantes da Al Qaeda antes de colocá-las no ar, não mostrou imagens dos membros da rede terrorista. Todo o relato foi feito por Robertson.
Ex-rei
O ex-rei do Afeganistão, Zahir Shah, pediu ao secretário-geral da ONU, Kofi Annan, que enviasse uma força internacional de manutenção da paz ao Afeganistão quando o Taleban cair.
O porta-voz de Shah, Hamid Sidiq, afirmou ontem que o pedido havia sido feito por meio de uma carta enviada dois dias atrás ao secretário-geral da ONU. "Uma força internacional de paz deveria entrar em Cabul [a capital afegã" para manter a segurança da cidade", disse Sidiq.
Ontem emissários do ex-rei se reuniram com o presidente do Paquistão, Pervez Musharraf, em Islamabad [capital paquistanesa" para conversações sobre o futuro político do país em um possível período pós-Taleban.
O ex-monarca afegão, que vive exilado em Roma desde 1973, é considerado uma das figuras-chave na atual crise internacional após os atentados de 11 de setembro nos EUA.
"Lista Negra"
Uma "lista negra" com o nome de 106 pessoas consideradas inimigas do regime Taleban foi encontrada pelo Departamento Federal de Investigação de crimes da Alemanha (BKA).
A lista, cuja veracidade ainda está sendo verificada, tem assinatura do mulá Mohamad Omar, líder do regime. Entre os integrantes, estariam o ex-rei Zahir Shah, membros da Aliança do Norte, principal força de oposição ao regime, e comunistas afegãos.
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