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29/07/2007 - 10h26

Palestino morre no Egito enquanto aguardava retorno a Gaza

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da Efe, em Gaza

Um palestino morreu hoje, horas antes de aproximadamente cem dos mais de seis mil refugiados retidos no Egito há um mês e meio terem sido autorizados a retornar a Gaza, informaram fontes médicas.

Os cerca de cem palestinos entraram em Gaza pela passagem israelense de Erez, já que o posto palestino de Rafah, que liga a Faixa de Gaza ao Egito, não foi reaberto.

O grupo faz parte dos 627 palestinos doentes que voltarão para casa nos primeiros dias da abertura da passagem para Gaza, disse o diretor do serviço de ambulâncias do Ministério de Saúde palestino, Muawia Hasanin.

Horas antes de começar o traslado dos doentes, um deles morreu na fronteira, vítima de um câncer.

Ramdan al-Khatib, 43 anos, recebia tratamento em um hospital egípcio. Como ele, já são 30 os palestinos retidos que morreram aguardando o retorno para Gaza, segundo o Ministério da Saúde.

Nesta manhã, os milicianos da Jihad Islâmica lançaram diversos foguetes artesanais contra localidades israelenses próximas à fronteira. O objetivo seria impedir a entrada dos cem palestinos que iriam do Sinai egípcio para Israel através da pouco utilizada passagem de Nitzana.

Desse local, os palestinos serão levados para a passagem de Erez, no norte de Gaza. Para isso, terão que percorrer todo o entorno da Faixa de Gaza em um comboio de ônibus vigiados pelo Exército israelense.

Segundo o líder do Hamas e ex-ministro de Assuntos Exteriores Mahmoud Zahar, o plano seria uma manobra do presidente palestino, Mahmoud Abbas, para, em meio à ação, entregar os palestinos procurados por Israel, que vigiará o processo.

"Permitir a entrada por uma passagem israelense será uma nova armadilha para o povo palestino", afirmou Mohammed al-Madhun, assessor do primeiro-ministro deposto e líder do Hamas Ismail Haniyeh.

Para Madhun, que pediu a reabertura de Rafah, a manobra "transformará dezenas de mujahedins (guerrilheiros islâmicos) e combatentes em reféns da ocupação israelense".

Os palestinos estavam retidos no Egito, sem poder voltar para suas casas, desde o dia 9 de junho, quando fugiram de Gaza, no início dos conflitos entre o Fatah (de Abbas) e o Hamas, os quais acabaram com a tomada da região pelos islamitas.

Desde então, a única passagem que liga a Faixa de Gaza com o Egito, a de Rafah, permanece fechada.

O Crescente Vermelho (Cruz Vermelha no Oriente Médio) estima que o número de palestinos retidos no Egito supera os cinco mil, enquanto as autoridades palestinas o calculam entre seis mil e sete mil.

As autoridades israelenses vêem o procedimento envolvendo os primeiros cem palestinos a deixar o território egípcio como um teste. Assim, deverão ir retornando a Gaza entre 200 e 300 pessoas diariamente até que todos estejam de volta.

"Não é a primeira vez que fazemos isto. Centenas de peregrinos que saíram de Gaza rumo à Arábia Saudita há dois anos retornaram à Faixa (de Gaza) através de um posto fronteiriço operado por Israel", explicou o ministro dos Assuntos de Prisioneiros palestino, Ashraf al-Asrami, ao anunciar o acordo, no sábado.

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