Secretários americanos viajam a Oriente Médio em busca de apoio árabe

Os secretários americanos de Estado, Condoleezza Rice, e de Defesa, Robert Gates, viajam amanhã (30) ao Oriente Médio em busca de apoio dos países árabes ao Iraque.

18.jun.2007/Reuters

Condoleezza viaja ao Oriente Médio com Gates para negociar apoio árabe para o Iraque

Condoleezza e Gates reúnem-se com os ministros de Assuntos Exteriores do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG), da Jordânia e do Egito, na terça-feira (31). Depois, seguem para Arábia Saudita, onde serão recebidos pelo rei Abdullah na cidade de Jidá.

Os principais encontros serão com as autoridades sauditas. Os secretários americanos devem pressionar por mais apoio ao Iraque.

Boa parte das conversas será concentrada em uma venda de armas no valor de US$ 20 bilhões dos EUA para a Arábia Saudita e outros países aliados no Golfo Pérsico. O plano foi divulgado no sábado (28) e o Congresso dos EUA deve ratificá-lo.

Consentimento

O envio de armas à Arábia Saudita enfrentava resistência do premiê israelense Ehud Olmert. Após anúncio de que os Estados Unidos darão ao seu país US$ 30,4 bilhões de dólares para ajuda militar, Olmert declarou hoje seu consentimento à estratégia americana.

Entendemos a necessidade dos Estados Unidos de ajudarem os estados árabes moderados, que estão em uma frente com os EUA e conosco na luta contra o Irã', disse Olmert.

Ehud Olmert confirmou neste domingo que os Estados Unidos darão ao seu país US$ 30,4 bilhões de dólares para ajuda militar nos próximos dez anos porque estaria comprometido em manter a superioridade do Estado judeu.

'Não há dúvida de que se deseja uma melhora significativa no orçamento da defesa', afirmou o chefe de Estado no começo do conselho semanal de ministros.

Paz

Condoleezza e Gates participam também de uma conferência de paz entre israelenses e palestinos.

A visita dos secretários ao Oriente Médio foi anunciada há duas semanas pelo presidente dos EUA, George W. Bush.

O discurso dele reiterou o apoio ao processo de paz no Oriente Médio e, em particular, ao presidente palestino, Mahmoud Abbas --que governa da Cisjordânia depois que a Faixa de Gaza foi tomada pelo Hamas, em junho.

No discurso, Bush anunciou a realização, no próximo trimestre, de uma conferência internacional de paz, com o objetivo de dar um novo impulso às negociações entre israelenses e palestinos.