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Dúvidas marcam a véspera da reunião entre Olmert e Abbas em Jericó
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da Efe, em Jerusalém
Representantes de Israel e da Autoridade Nacional Palestina (ANP) se reunirão hoje para determinar o local em que será realizado o encontro entre o presidente palestino, Mahmoud Abbas, e o primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert.
A reunião foi anunciada para esta segunda-feira (6) pelo porta-voz de Abbas, Mohammed Edwan, e por outros funcionários do governo palestino, mas o porta-voz de Olmert, David Baker, se limitou a dizer que a conferência entre ambos acontecerá muito em breve.
Segundo fontes governamentais israelenses, as reservas do primeiro-ministro Olmert se devem a razões de segurança relacionadas com o dispositivo necessário para protegê-lo caso o encontro aconteça na cidade palestina de Jericó, a 30 km de Jerusalém.
Um dos negociadores palestinos, Saeb Erekat, residente em Jericó, expressou hoje a representantes da imprensa a suspeita de que os israelenses se negarão a realizar a reunião de Abbas com Olmert em Jericó.
Caso ela aconteça, será a primeira vez que um chefe de governo israelense se reúne com líderes palestinos nesse território, e na bíblica Jericó, junto ao Mar Morto, com 16 mil habitantes.
Segundo os palestinos, a reunião de amanhã entre Olmert e Abbas será a primeira de uma série destinada a entrar em acordo em relação a princípios que lhes sirvam de plataforma para negociar a paz e estabelecer um Estado palestino independente antes da conferência de paz convocada por George W.Bush, em 16 de julho, para novembro, em Washington.
Segundo fontes israelenses, em reuniões sucessivas também serão debatidas a possibilidade de uma retirada do Exército israelense, a cargo da segurança geral na Cisjordânia, e a transferência do controle em várias cidades às forças de segurança palestinas.
Outro problema destacado pelas fontes israelenses é o caso dos 180 milicianos palestinos cuja busca Israel renunciou há menos de dois meses como a condição de que deponham suas armas; até o momento, 140 se comprometeram a abandonar a luta armada.
De acordo com os meios de comunicação palestinos, as conversas entre Abbas e Olmert acontecerão "longe da imprensa", e se concentrarão na concretização desses princípios das negociações finais.
O governo da ANP, a cargo do primeiro-ministro Salam Fayyad, se encarregou de negociar com representantes israelenses assuntos da vida diária, entre eles a suspensão de barreiras de controle militar em estradas da Cisjordânia e acessos a seus centros urbanos, e a possível retirada do Exército de ocupação de cidades desse território.
Por enquanto, a grande incógnita é saber como Abbas e Fayyad chegarão a acordos com Israel, sabendo que um milhão e meio de palestinos, os residentes na Faixa de Gaza, encontram-se isolados da Cisjordânia pelas rivalidades entre Fatah, o movimento do presidente palestino, e os islamitas do Hamas.
Apesar dos intensos contatos diplomáticos, com a intervenção dos Estados Unidos, persistem na região as operações de represália entre o Exército israelense e as milícias islamitas que atacam de Gaza localidades do sul de Israel.
A Força Aérea israelense atacou ontem à noite um carro de milicianos e um caminhão com um contêiner que, aparentemente, escondia um carro-bomba, segundo fontes militares do Estado judeu.
O ataque aconteceu em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, e causou a morte de dois palestinos, além de deixar cerca de 20 feridos.
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